Avózinha (Sim, com acento...)

Dezembro 14 2009

Quem diz que o mundo é só feito de injustiças ou por vezes de ausência de sentido, não podia estar mais enganado, a provar isso mesmo temos a tese de doutoramento de Ricardo Antunes um enfermeiro e sociólogo. O homem andou a estudar uma porrada de óbitos e além de concluir que há porras que matam mesmo, chegou também à conclusão que os ricos/endinheirados vivem em média mais dez anos que os “pobres”, e possuem um grau de escolaridade superior.

 

Ora, ou o criador anda a aceitar subornos para deixar que a malta endinheirada ande por cá mais tempo, ou temos de passar a mais conclusões, embora eu ache muito provável esta minha suposição e até aposto que não foi contemplada na tese referida. Como comecei por dizer, nada mais justo, se se é pobre para quê prolongar o sofrimento, logo na velhice em que mais cuidados são necessários, logo mais dinheiro.

 

Um lar para idosos com todas as condições e que proporcione todas as valências desejáveis, custa cerca de 2.000 €uros/mês por pessoa, quem não tem esse dinheiro, alguma coisa lhe vai faltar. Quantos menos dinheiro tiver maior será a carência, outros ainda mais desfavorecidos poderão estar mesmo a definhar, a não ser que os genes sejam bons e aí poderão ter a sorte de ter nascido com uma saúde de ferro.

 

Claro que cuidarmo-nos na velhice é importante para prolongarmos a nossa existência, mas para quem faz questão de viver o máximo de anos o melhor mesmo é começar o mais cedo possível. Neste aspecto os ricos levam a vantagem (porque será?) segundo a tese, quem tem dinheiro começa a cuidar-se e a estar alerta para com hábitos saudáveis mais cedo, além disso porque tem mais instrução tem maior percepção de si e dos sinais/sintomas que podem ser preocupantes para a sua saúde.

 

Portanto e falando de forma grosseira, ser pobre e burro é uma mistura explosiva «não dá saúde nem faz envelhecer» e segundo a tese, ter um bom seguro de saúde também ajuda, parece que livra as pessoas das listas de espera das cirurgias/consultas e proporciona cuidados que ajudam à longevidade. De um modo geral as maleitas são as mesmas, a brutidade dos “pobres” é que é coisa que não  facilita nem dá tréguas à expressão «dá saúde e faz crescer»

 

Inté

publicado por Avózinha às 19:53

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