Avózinha (Sim, com acento...)

Maio 25 2009

A moda em Portugal vai de vento em popa, a do vestuário pois claro, de tal forma que já me arrependi de nunca ter pensado nisso na minha juventude, como um talento possível, que eu pudesse desenvolver e enveredar profissionalmente. Talvez nessa altura andasse mais preocupado em tirar a roupa às moças do que propriamente vesti-las com criações minhas, ou talvez me tivessem faltado hormonas femininas. Agora também já não adianta, estou mais velho mas com as mesmas ideias.

 

Senão vejam bem «O Conselho Executivo da Escola Básica dos 2.º e 3.º Ciclos José Maria dos Santos, no Pinhal Novo, proibiu alunos, professores e funcionários de usarem tops com decotes pronunciados e saias demasiado curtas» in Correio da Manhã. Isto para mim deve ser uma espécie de castigo (apesar de parecer anedota) ao putos, mas ok, já que são obrigados a andar na escola devido à escolaridade obrigatória, o ensino caminhar para uma mediocridade tal ou a quase impossibilidade de os chumbar, toca de os obrigar a vestir de  acordo com os gostos de alguém, provavelmente será mesmo só os gosto de uma só pessoa.

 

Há que dar moral e decência a quem frequenta a escola, pouco importa se és um mau professor(a) desde que a indumentária não insinue nada de nada, seja auxiliar ou pouco auxiliar ou aluno que queira mandar quem lá trabalhe à merda ou coisa pior, há que fazê-lo propriamente vestido a bem da boa imagem e apresentação. Estou ciente que está aqui a resolução de todos os problemas, no génio do concelho executivo desta escola e quero desde já assegurar-vos que escolhi uma roupa catita para estar aqui  escrever sobre o assunto.

 

Diz a directora «Um professor sentiu-se incomodado por conseguir ver as cuequinhas de uma menina, devido à minissaia muito curta que ela vestia», bom, a esta nem vou fazer comentários. Podem-me só avisar de quem se trata? Só por curiosidade, não é para ficar de olho nele.

 

Ando um pouco pensativo sobre isto tudo, por vezes levo mais de uma hora a decidir que roupa vou vestir quando saio para beber um café ou para um passeio, não vá estar alguma tarada a tentar ver-me as «cuequinhas» ou um mamilo mais destapado. Eu até tenho uma ideia (sugestão) melhor, porque não criar a farda do cidadão português, passava-mos a andar todos de igual e despendíamos menos tempo a pensar no que vestir.

 

(Estou para aqui a dizer isto mas tenho a sensação que não sou pioneiro, já alguém anda a pensar no assunto, devagar devagarinho lá chegaremos)

 

Inté


Março 16 2009

Na freguesia de Barqueiros, concelho de Barcelos, existe a escola básica de Lagoa Negra, e nessa escola existe um recreio, onde por sua vez existe um contentor e nesse contentor uma sala de aulas especialmente desenhada para ensinar 17 crianças ciganas. Além do estranho facto de existirem tantos ciganos a ir à escola, podemos destacar a evidência de que esta sala de aula especial serve supostamente para separar os ciganitos dos outros putos.

 

A lebre foi levantada pela Junta de Freguesia de Barqueiros que afirma ser esta situação um acto de discriminação e já solicitou uma audiência com Directora Regional de Educação do Norte. Afirma, e fá-lo erradamente, possívelmente por ignorância, mas sempre ouvi dizer que quando não conhecemos o assunto devemos estar caladinhos, quanto muito podemos e devemos procurar informação primeiro e só depois opinar (nada de fazer trocadilhos com (o)pinar e ciganos ok?).

 

O que se está a passar naquela escola é tão somente o expoente máximo do desafio lançado ao pais pelo nosso PR...a Inclusão. Como sabemos o verdadeiro cigano vive em tendas ou barracas e é alérgico a alvenaria, assim e para cativar os jovens ciganos a frequentarem o ensino foi genialmente desenhada aquela sala de aula, um contentor que não é mais do que uma moderna barraca, uma espécie de upgrade de tenda que gente de boa fé idealizou e concebeu para que os putos fossem à escola sem deixarem de se sentir ciganos de pleno direito.

 

Desta forma original o ciganito sente-se em casa, e tendo esta étnia origens nómadas permite que continuem a desfrutar da sensação de liberdade impedindo que as fundações e alícerces de um qualquer edifício em alvenaria os fizesse sentir presos à escola. E não só, quando chegar a hora de partir para outra freguesia, basta indicarem para onde vão que rápidamente a sala de aula portátil poderá ser deslocada para o próximo destino.

 

Podemos retirar daqui uma grande lição, nem sempre o que parece é, e por vezes por muito estranho ou suspeito que nos pareça, antes de fazermos juízos de valor e/ou criticar temos a obrigação de procurar o verdadeiro significado das intenções, para não corrermos o risco de ser injustos. Aaaaiiiii Avózinha que estás falando tão bein, Aaaaiiiii.

 

Inté


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