Avózinha (Sim, com acento...)

Abril 14 2009

O título no jornal (DN) «Prostituição aumenta mas faltam os clientes» suscita-me alguma confusão, fico sem saber qual é a parte boa da notícia e a menos boa, ou se ambas são boas ou nenhuma o é. Se ficaram baralhados é porque perceberam o que quis dizer, na verdade eu também estou um pouco sem saber a que conclusão chegar, um dia normalíssimo aqui no Avózinha.

 

Se a prostiução aumenta vão logo dizer que é mau porque é uma profissão degradante e que não deixa de ser um flagelo tranversal através dos tempos, contudo também não deixa de ser verdade que só lá vai quem quer. Ora, o que é certo é que sendo ou não a profissão mais antiga do mundo clientes sempre os houve, e se se fala que muita gente é obrigada a prostituir-se numa espécie de escravatura, já quem requisita o serviço fá-lo de livre vonttade.

 

Regista-se uma queda na procura (segundo as associações que acompanham esta actividade) fenómeno preocupante não fosse esse decréscimo consequência dos tempos de crise em que vivemos, é então mau sinal haver menos gente a pagar para ter sexo. Aquilo que poderia indicar uma mudança social nos hábitos afinal não passa de uma limitação monetária de quem por estes tempos difíceis anda mais stressado e com muita tensão acumulada por não poder manter a qualidade de vida a que estava habituado.

 

No lado oposto mas decorrente também da conjuntura económica verifica-se um aumento da oferta, seja para equilibrar o orçanto familiar seja para colmatar a situação de desemprego, em part-time ou a tempo inteiro hà mais gente a vender sexo. Ora já sabemos o efeito em termos de mercado que o aumento da concorrência costuma causar, um  abaixamento dos preços e da qualidade do serviço prestado (aqui deixo ao vosso critério decidir se é bom se é mau, cada um por si).

 

Será que estaremos a assistir a campanhas tipo “pague 1 leve 2”, se bem que que neste caso teríamos fazer uma adaptação do género “pague uma dê duas (se conseguir)” ou então “ao comprar uma ainda leva um bico (não uma biqueirada) de borla”.

 

Talvez fosse importante os governos darem uma ajuda a esta industria que como muitas outras atravessam tempos de dificuldade, o problema moral não se lhes coloca porque fácilmente eles abdicam dela, e ajudar chulos é coisa que também não é novidade para eles. Eu neste caso não me sinto muito afectado porque nunca experimentei este tipo de serviço, agora se nunca usei por princípio ou falta de dinheiro...vocês que usem a imaginação, se vos apetecer pois claro.

 

Inté


Março 29 2009

Não admira que a minha inspiração ande de rastos, notícias como «Spandau Ballet de regresso» arrasam o intelecto de qualquer um, estes rapazes (para quem não conhece foram uma banda que existiu antes do cretáceo) decidiram assim sem mais nem menos e sem me consultar, voltar a inundar o sossego com as suas melodias tão características. Gastei eu fortunas em sessões de psicanálise e hipnose para esquecer que alguma vez tal grupo existiu para agora tudo ruir com esta novidade.

 

Estou tão desolado que só me apetece é ir comprar um painel solar e contribuir para o desenvolvimento da nação, não fosse morar num apartamento e não ter onde o pôr e já estava, eu cá quando o país me chama nem penso duas vezes...vou logo.

 

Entretanto ando ocupadissimo como sempre, agora que o Presidente Lula identificou o culpado pela crise, parece que é branco e de olhos azuis, não desisto enquanto não trouxer à luz do dia tal personagem. Podem ficar descansados que se descobrir quem foi, serão os primeiros a saber através do Avózinha.

 

E não ilibo ninguém que esteja no perfil, desconfio particularmente do Michael Jackson que esse muda de cor assim como quem não quer a coisa e sabe-se lá as razões para tal. O governo está livre da suspeita, como sempre alegaram, pois que me lembre nenhum tem olhos azuis, a menos que usem lentes de contacto para ocultar e assim escaparem à minha investigação.

 

Por falar em lentes, alguém sabe a cor dos olhos da Manuela Ferreira Leite? É que ultimamente esta tem ostentado uns impressionantes óculos escuros, que agora com estas revelações do presidente do Brasil estou a achar muito suspeito esta coincidência. Ainda na senda dos óculos escuros lembrei-me neste preciso instante de Pedro Abrunhosa, será que o motivo de este nunca revelar o rosto sem este acessório é para esconder os olhos azuis e assim não ser identificado como responsável dos tempos difíceis que atravessa o mundo.

 

Estou estafadissimo com esta investigação, além de não estar a ser nada fácil descobrir quem foi, estou constantemente a lembrar-me dos Spandau Ballet. Bem, vou descansar um pouco desta tormenta e distrair-me a procurar uma bela moradia para comprar, uma onde possa instalar uns paineis solares e assim ajudar o país. É de aproveitar agora que está tudo tão barato e os juros então...uma pechincha.

 

Inté


Fevereiro 18 2009

No mesmo dia fico ao corrente de duas notícias contraditórias sobre o estado da indústria do sexo em Portugal. Antes de prosseguir gostaria que alguém me explicásse o motivo porque que designa esta área de actividade empresarial como de «indústria»...como não me apeteceu esperar fui ver ao dicionário:

 

do Lat.  industria

s. f.,
conjunto das actividades relativas à transformação de matérias-primas em bens de produção ou de consumo, servindo-se de técnicas, instrumentos e maquinarias adequados a cada fim;
actividade económica do sector secundário que engloba as actividades de produção e transformação por oposição ao primário (actividade agrícola) e ao terciário (prestação de serviços);
o conjunto das empresas industriais;
habilidade e destreza para realizar algo;
aptidão;
arte;
perícia;
profissão;
ofício;
invenção;
astúcia;
engenho.

 

E pronto, lá tive de ficar convencido.

 

Como estava a dizer, uma das notícias concluía que por cá o negócio estava mau e inclusive algumas sex shops a fechar devido à quebra das vendas, outra dizia que tudo estava bem. Fiquei como normalmente fico quando acompanho os debates na Assembleia da República, sem saber em quem acreditar visto aparecerem sempre verdades opostas. Nos Estados Unidos os principais detentores do negócio pediram inclusive um apoio financeiro ao congresso no valor de 5.000 milhões de dólares, coisa pouca.

 

Eu acho que a crise está mesmo a afectar o negócio do sexo, a crise e não só, todo um modelo de sociedade em que assenta a vida das pessoas, eu explico. O apetite sexual mantêm-se (penso eu de que) e até há medicação para (quase) todo o tipo de dificuldade, também não me parece que a vida agitada e o stress estejam a prejudicar, acredito que se passa precisamente o contrário, actividade sexual a mais. Hoje em dia quem não a a fez está para a fazer, o que é o mesmo que dizer, quem não se está a preparar para foder alguém, está ser fodido...é como digo, com tanto frenesim depois já não há vontade para mais.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:21

Fevereiro 18 2009

Tenho andado por aqui com a minha cabeça às voltas (não tipo exorcista) a tentar arranjar uma solução para a crise, a recessão que atravessamos, nós e os outros países todos, o que por norma costuma ser uma boa desculpa para dar quando as coisas não correm bem na Tugolândia...aparece sempre um chico esperto que diz que a conjuntura é global e então podemos estar todos mais descansados. Ai é global? É pá então tudo bem!

 

Como sabem, vocês que acompanham o Avózinha, tenho explicado muitos fenómenos que por cá acontecem e arranjado outras tantas soluções para grandes problemas...e sempre de forma credível e algumas vezes até espectacular (modéstia á parte). Mas esta crise é obra do diabo e não tenho conseguido encontrar soluções para tanta contrariedade.

 

Inspirar-me com auxílio de drogas ou alcool está fora de questão, pelo menos para já, não estou assim tão desesperado. Com tanta notícia a fazer barulho na minha cabeça, não consigo pensar, é despedimentos em massa, falências, o Freeport, o BPP, o BPN, espera aí...é isso mesmo, BPN. Bem, a solução não é bem o BPN, mas sim a solução encontrada para o mesmo.

 

Até agora os governos têm tentado debelar a crise injectando liquidez no mercado não surtindo o efeito total desejado,  mas isso já foi feito no BPN, a verdadadeira solução foi o passo seguinte, uma comisão parlamentar, vou lixar a crise com uma comissão parlamentar. Como sabemos, o que normalmente acontece é...nada, tudo o que para lá entra dá em nada, então toca a juntar uns quantos deputados numa comissão e fazer a crise entrar. Vão ver que afinal nem sequer havia crise.

 

Inté


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