O título no jornal (DN) «Prostituição aumenta mas faltam os clientes» suscita-me alguma confusão, fico sem saber qual é a parte boa da notícia e a menos boa, ou se ambas são boas ou nenhuma o é. Se ficaram baralhados é porque perceberam o que quis dizer, na verdade eu também estou um pouco sem saber a que conclusão chegar, um dia normalíssimo aqui no Avózinha.
Se a prostiução aumenta vão logo dizer que é mau porque é uma profissão degradante e que não deixa de ser um flagelo tranversal através dos tempos, contudo também não deixa de ser verdade que só lá vai quem quer. Ora, o que é certo é que sendo ou não a profissão mais antiga do mundo clientes sempre os houve, e se se fala que muita gente é obrigada a prostituir-se numa espécie de escravatura, já quem requisita o serviço fá-lo de livre vonttade.
Regista-se uma queda na procura (segundo as associações que acompanham esta actividade) fenómeno preocupante não fosse esse decréscimo consequência dos tempos de crise em que vivemos, é então mau sinal haver menos gente a pagar para ter sexo. Aquilo que poderia indicar uma mudança social nos hábitos afinal não passa de uma limitação monetária de quem por estes tempos difíceis anda mais stressado e com muita tensão acumulada por não poder manter a qualidade de vida a que estava habituado.
No lado oposto mas decorrente também da conjuntura económica verifica-se um aumento da oferta, seja para equilibrar o orçanto familiar seja para colmatar a situação de desemprego, em part-time ou a tempo inteiro hà mais gente a vender sexo. Ora já sabemos o efeito em termos de mercado que o aumento da concorrência costuma causar, um abaixamento dos preços e da qualidade do serviço prestado (aqui deixo ao vosso critério decidir se é bom se é mau, cada um por si).
Será que estaremos a assistir a campanhas tipo “pague 1 leve 2”, se bem que que neste caso teríamos fazer uma adaptação do género “pague uma dê duas (se conseguir)” ou então “ao comprar uma ainda leva um bico (não uma biqueirada) de borla”.
Talvez fosse importante os governos darem uma ajuda a esta industria que como muitas outras atravessam tempos de dificuldade, o problema moral não se lhes coloca porque fácilmente eles abdicam dela, e ajudar chulos é coisa que também não é novidade para eles. Eu neste caso não me sinto muito afectado porque nunca experimentei este tipo de serviço, agora se nunca usei por princípio ou falta de dinheiro...vocês que usem a imaginação, se vos apetecer pois claro.
Inté