Avózinha (Sim, com acento...)

Agosto 05 2009

Nos momentos em que faço uma pausa na minha demanda em salvar a (Des)humanidade ponho-me a pensar em qualquer coisa que ocupe o meu frágil cérebro, e não é preciso esforçar muito, aparecem logo mil e uma ideias a torrar os parcos (em quantidade) neurónios que habitam uns centímetros abaixo do meu couro cabeludo. Uns dirão «uma forma de matar o tempo», eu direi «uma forma de matar os pobres coitados dos neurónios» sem culpa nenhuma de terem nascido para me aturar as manias.

 

Não tendo dito nada de importante até agora, vou tentar prosseguir na mesma linha de raciocínio, assim, penso naquilo que preocupa a generalidade dos humanos durante (0,)99% da sua vida (in)útil. Ou seja, quando perguntam a alguém (seja quem for) quais são os valores que mais prezam, a resposta anda mais ou menos sempre à volta do mesmo...da boa intenção, ora, todos sabemos qual o sítio que está cheio de boas intenções.

 

Invariavelmente todos querem acabar com a fome e a guerra no mundo, a seguir ou nem por isso, valorizam a honestidade, o amor, a sinceridade, a verdade, a solidariedade e outras coisas bonitas acabadas em «ade» ou não. Para cada um, apenas muda a ordem com que lhes vão saindo da boca todas estas qualidades, exibidas sempre numa atitude revestida de alguma emoção como convém, nem que seja para dar credibilidade ao momento.

 

Se há tanto consenso naquilo que importa à humanidade, alguém me explica de forma convicente porque é que o planeta está a transbordar de outras coisas nada bonitas e (in)desejáveis, se até todos temos a mesma vontade de tornar a sociedade em algo de melhor porque razão isso não acontece na realidade. Onde as pessoas se atropelam, se atraiçoam, viram as costas a quem precisa, enganam o próximo, disfarçam-se do que for preciso para conseguir o objectivo, se uns são verdadeiros lobos com pele de cordeiro outros são caçadores que disparam em tudo o que mexe, num «salve-se quem souber da melhor maneira que puder» (dito ao contrário também funciona).

 

É isto Hipocrisia a rodos ou estaremos apenas a empregar de forma errada os nossos esforços e (supostas) boas intenções, das duas três. E  no meio de todo este enredo nem sei se há alguém que esteja inocente, pelo menos eu não arrisco essa hipótese. O que vale é que tudo o que disse aqui foi obra do meu imaginário, não fazendo sentido absolutamente nenhum, nem sequer vale a pena pensar nisso...a não ser a mim, nos momentos em que faço uma pausa na minha demanda em salvar a (Des)humanidade.

 

Inté


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