Avózinha (Sim, com acento...)

Outubro 06 2009

«Como pode o Pato Donald ter sobrinhos se ele não tem irmãos?»
«Se o Pato Donald não usa calças, por que ele usa uma toalha enrolada na cintura quando sai do banho?»
«Porque o Pato Donald usava toalha para se enxugar se as penas dos patos são impermeáveis?»

Tenho a certeza que já «chocaram» contra algumas destas importantíssimas questões (normalmente por e-mail ou na web), terríveis dilemas que nos fazem questionar a nossa própria existência, a pessoas como eu que se preocupam com o bem estar da humanidade. Pois bem, não sei se estou à altura de responder, logo eu que até acredito na cegonha...sim, são as cegonhas que trazem os bebés, «sex is just for fun».

Por falar em sexo, lembro-me de bem novo estava eu com uma miúda e ela sussurrar-me ao ouvido de forma bem sensual «sabes, estou numa de pinocar», eu na minha inocência (sempre fui assim, ainda hoje) julguei que ela queria brincar a algum jogo de mentiras ou marionetas, mas após algum entendimento entre nós apenas o meu nariz não cresceu. A partir desse dia passei a guardar as minhas coisas de infância num lugar especial da minha existência como pessoa, assim fui tentando crescer e amadurecendo, na certeza de que realidade e ficção não se misturam mas podem se alimentar mutuamente.

Escolhi estas sobre o Pato Donald mas poderiam ser outras quaisquer, o que na verdade me preocupa é se estamos a perder a nossa capacidade de sonhar/imaginar, ou se estamos demasiado fora da realidade e não saímos de um mundo imaginário. Estas artes da animação ensinam-nos a sonhar, a viver um mundo de fantasia, mas há um tempo para andar «pedrado» e outro para ser realista e um não estorva o outro.

Já imaginaram se transportasse o Donald para a realidade? Correria o risco de deixar de gostar de «Arroz de Pato» e nós não queremos isso, nem os senhores que ganham a vida a vender patos. Estou convicto que estou muito confortável com a minha imaginação, e acreditem que é fértil, graças aos Patos Donalds que me ensinaram a sonhar e a exercitar o meu imaginário.

A nossa imaginação é como um qualquer músculo do nosso corpo, está lá, e se o exercitarmos desenvolve-se, depois é só dar-lhe bom uso e aproveitar a sua utilidade. A criatividade, o sonho, o imaginário são as especiarias da nossa vida, dão um gostinho especial ao que se nos vai deparando, se tiverem dificuldade em sair por momentos da realidade, usem drogas, nem que seja por respeito ás pessoas que todos os dias arriscam a vida ou prisão para fazer chegar até nós esse exercitador do músculo imaginário.

(Ainda estão a pensar naquela história do «pinocar»? Acham que se passou mesmo ou estava no gozo? Bem...)

Inté

publicado por Avózinha às 23:39

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