Avózinha (Sim, com acento...)

Maio 20 2009

Como é que se escreve sobre uma das “coisas” mais fabulosas da vida, sim, como farei eu isso sendo um banal ser humano sem nada de especial. Hoje apetece-me falar de algo que me maravilha, mas por outro lado só posso estar meio louco, ou não fosse eu insuficiente para dizer o que quer que fosse sobre o nascimento de uma criança, o momento mais feliz da nossa vida...creio eu.

 

Quando nascemos, experimentamos o momento mais perfeito da nossa existência, o mais feliz, nunca mais estaremos tão próximos da felicidade e jamais desfrutaremos de tanto em tão pouco tempo. Não tenho dúvida que nunca fui tão feliz como no minuto em que vim ao mundo, num fôlego determinado, num inspirar apenas, todos elementos da vida nos invadem e nos alimentam a carne e o espírito.

 

Se conseguisse lembrar esse momento tenho a certeza que o faria com um sorriso e com o meu coração a pulsar de forma enérgica, numa batida determinada e forte como se este estivesse a celebrar. Sem dúvida alguma “o milagre da vida” será o epíteto mais apropriado para dar nome à nossa chegada ao mundo dos mortais.

 

Não haverá aqui tempo nem espaço (nem vontade) para dedicar ao que se segue, até porque logo a seguir a nascermos, choramos. Não, o momento agora é de felicidade e nada o poderá arruinar, acabámos de nascer e estamos no auge do nosso reinado, somos delicados e sem mácula, podíamos ensinar tanta coisa mas o tempo é escasso, não espera e ninguém nos entende.

 

Que instinto, que beleza, que fantástica celebração de vida é um recém nascido, procurando apenas um refúgio, um lugar a salvo onde se sinta protegido, um regaço num abraço. A essência da nossa energia em toda a sua plenitude ali está, para desfrutar rápido pois o momento é breve e de pronto se começará a esfumar, outra demanda começa e iremos aprender a ser outra coisa.

 

Estes meus pensamentos estão incompletos e carecem de prova científica, o facto deve-se sobretudo a nunca ter (ainda) sido pai, talvez aí o momento de felicidade se repita, talvez nos consigamos sentir novamente perfeitos como outrora. É possível que olhemos para o nosso “novo milagre da vida” e nos sintamos renascidos, olhar para o pequeno rosto e rever a nossa perfeição à muito perdida ou esquecida.

 

Obrigado Mãe!

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:46

Mas este texto está lindo!
Belas palavras para o dia da mãe, para o dia da criança, para todos os dias!

Eu, que tive a sorte de ser mãe, contrariando a natureza que não me dotou com um útero normal, entendi tudo. Foi emocionante lembrar isso. Eu assisti, sem dúvida, a um milagre!
Conceição a 21 de Maio de 2009 às 21:27

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