Imaginem um sujeito qualquer de cadeira de rodas, eu não claro porque não preciso, nem quero pensar se tivesse, mas adiante, dizia eu, imaginem e tal, e agora pensem que (são do sexo feminino e) estão no colo dessa pessoa e...ups, desculpem, distraí-me, o assunto é outro. Imaginem então esse indivíduo que circula com auxilio de um veículo com rodas que lhe dá um ar extremamente sexy e irresistível, mas que ninguém gosta de admitir, naturalmente apenas por inveja, esse ser especial necessita de ir viajar de avião.
É claro que os outros vulgares seres humanos limitam-se a comprar a passagem de avião e a ir, e vir (diga-se) se for o caso, mas esses são os «outros», pobre gente sem sex appeal nem nada que lhes confira algum estatuto que lhes valha. Excluindo esses «outros», que ninguém se interessa se vão e se não voltam desde que apresentem o bilhete, fica a nata, os VIP’s (Very Interestting Person) gente de Pedigree (hoje gasto os estrangeirismos todos) que por onde passam despertam sempre a curiosidade de todos.
Temos então uma dessas pessoas super interessantes (no sentido de despertar interesse, fantasiem que este texto está a ser relatado pelo ilustre David Attenborough) que apenas quer fazer a sua vida mas tem de ir de avião...calma lá que as coisas não são assim, um espécime deste tipo merece atenção! Primeiro vai lá ao médico e ele que preencha um formulário com as tuas características técnicas, sinais vitais, histórico cardíaco, doenças contagiosas, se a condição física/mental pode suscitar stress nos outros passageiros (ex: cheiro, aparência, conduta), cuidados médicos (ex: oxigénio, medicação), e outras mais.
Tirando os indivíduos que precisam de oxigénio e se esquecem de avisar de propósito porque o seu sonho é morrer a 10.000 mts de altitude ás mãos de uma assistente de bordo boa comó milho, não vejo grande problema. Um fedorento qualquer pode ir “animar” o voo com um ataque de fúria (ou cardíaco), dar a sua bufinha se lhe apetecer, desde que não se apresente em cadeira de rodas ou com alguma incapacidade até lhe pode dar uma caganeira que faça parecer o 11 de Setembro uma brincadeira de crianças. Escusa de tomar banho também.
Tanta precaução para espetarem com a cadeira de rodas no porão do avião e carregarem o deficiente para o lugar (de castigo) marcado no bilhete, e ai dele se se bufa, se tem vontade de ir ao wc, ou se tem vontade de sair do sítio e espairecer um pouco, QUIETINHO AÍ OUVISTE!? Eu acho muito bem estas medidas, não vá um deficiente qualquer enxovalhar a sua própria classe e denegrir a imagem dos que se dão ao respeito.
Pior que ter de andar de cadeira de rodas...só mesmo de avião, menos para os que gostem de andar a ser agarrados por estranhos.
Inté