Avózinha (Sim, com acento...)

Maio 31 2010

«...à velocidade de 300 rotações por minuto! A embalagem inclui também duas escovinhas para chegar mesmo aos pontos mais difíceis de alcançar. Dim.: (corpo motor) 16 cm comp. X 5 cm ø; (escova) 26 cm comp.. Funciona com 4 pilhas AA, não incluídas. »
Calma meninas, não comecem já a suspirar, lamento vos desiludir (ou não) mas o que acabaram de ler não é mais do que as características técnicas retiradas de um folheto de um Piaçaba rotativo eléctrico para WC.

 

Como sempre, na minha demanda pela paz de espírito e em busca de algo que me convença de que a forma como nos olhamos e sentimos é o mais importante, ou não fosse o Piaçaba um objecto de grande utilidade e mais valia mas algo que é visto de forma pouco simpática. Por vezes na vida temos de nos sujeitar e sacrificar em papeis que não são bonitos nem fáceis, contudo, isso nunca fará de nós pessoas sem valor, nada melhor que este objecto para demonstrar isso mesmo, acho eu.

 

Por momentos resolvi assumir a personagem de um Piaçaba (acreditem que não é fácil) e imaginei várias situações. Se havia uns quantos que nem sequer recorriam ao meus serviços, outros serviam-se deixando o sítio impecável mas a mim numa verdadeira lástima, e claro, houve também aqueles que compreenderam e respeitaram a minha verdadeira função, ausentando-se do «local do crime» ficando para trás tudo em perfeitas condições, por vezes até melhor do que encontraram.

 

O denominador comum, independentemente de quem usa o dito utensílio, nunca deixará de ser a capital função que desempenha. É verdade que o valor e respeito que lhe é atribuído é que varia, e nem sempre lhe é dado bom uso, nem da forma mais correcta, mas a atitude errada poderá vir de quem recorre a este verdadeiro amigo dos locais onde largamos o...vocês sabem, existem um monte de nomes para os nossos despojos, todavia um Piaçaba deve sempre manter a postura.

 

As instruções começam assim «Uma fantástica ajuda para a limpeza e higiene da sua casa de banho! Graças à rotação da escova, elimina a sujidade e as incrustações de calcário em poucos instantes e sem esforço. Basta carregar num botão para a escova começar a rodar...». Claro que está subtil, a descrição é colocada de forma ligeira para atrair hipotéticos compradores, na verdade todos sabemos que lá vamos parar pois as necessidades fisiológicas do nosso organismo são um relógio que se pode atrasar mas não pára, assim, mesmo que os nossos predicados não assistam aos melhores padrões de beleza, podemos sempre expô-los da melhor maneira possível, talvez por vezes um pouco de marketing em relação a nós próprios não faça mal nenhum, pelo contrário, talvez ajude...mas não vale ser desonesto.

 

Pode ser vantajoso para as nossas vidas encarnar-mos o papel de um Piaçaba, porque nem tudo são rosas e por vezes também nem sempre é tão mau como pintamos, ás vezes temos de suportar cada cheiro. A grande vantagem é que a qualquer momento podemos sair do personagem e lembrar que não estamos ali só para decoração e muito menos para ser utilizados de qualquer maneira, exigir respeito, dignidade...ou será preciso esfregar o Piaçaba na tromba de alguém!?

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:17

Maio 30 2010

Tuga1: Sócrates tá com um dilema em relação ao candidato presidencial.
Tuga2: Então?
Tuga1: Não sabe se deve apoiar o candidato do partido...ou alguém que não lhe faça oposição.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:56

Maio 27 2010

Todos nós temos sete vidas, resta saber se as queremos viver, é que a cada uma que se vive...temos de morrer outra.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:01

Maio 26 2010

Alguma vez tinha de falar de futebol aqui, neste vosso espaço, e esse dia é hoje. Estou mais ou menos a mentir, provavelmente ninguém se lembra, a não ser eu, que já aqui falei uma vez de futebol feminino, o que como toda a gente sabe, tecnicamente não é futebol, são moças (algumas jeitosas) a dar biqueiradas no esférico e a correr desorientadamente de um lado para o outro, torna-se chato quando são todas como eu...de partir o espelho.

 

E vou começar com a selecção nacional, que se prepara para ir jogar a fase final do campeonato do mundo na África do Sul, até agora é apenas isso, preparar a participação, por isto ainda não se ganhou nem perdeu nada, a não ser horas intermináveis de (des)informação com pormenores (todos e mais algum) do estágio na Covilhã. Quem vê até pode pensar que não há informação importante além desta relacionada com os treinos dos nossos jogadores.

 

Eu cá gosto mesmo é de ver a bola rolar, assim resta-me esperar que se abram as hostilidades e os jogos a sério comecem, aí sim, é costume haver partidas e jogadas de futebol memoráveis, vou tentar nessa altura ver alguns joguitos, além dos da nossa selecção. Até lá vou tentando passar ao lado dos jornalistas, analistas, especialistas e outros “istas” que se dediquem a comentar o dia a dia dos treinos da equipa das quinas...oxalá não quinem logo no início.

 

Umas das poucas curiosidades a que costumo prestar atenção é ao «nome» que se costuma dar aos jogadores em cada campanha que se inicia, já foram tantos, desta vez receberam o epíteto de «Viriatos». Nome que subscrevo, representa espírito guerreiro, abnegação, princípios, autodeterminação, entre outras características que considero importantes na vida, não só no futebol, o espírito a seguir é mesmo esse, sem medos, lutar sempre o máximo pelos objectivos...com lealdade, escusado será dizer. Uma parte da vitória é quando deixamos o nosso melhor em campo.

 

Lealdade foi mesmo o que derrotou Viriato, ao que reza a história, este verdadeiro Lusitano, que bem poderia ver a sua história contada ao nível das odisseias de «Asterix e Obelix», resistiu sempre corajosamente e de forma inteligente ao invasor, tendo apenas claudicado com a ajuda de uns traidores que se deixaram subornar, já na altura o nosso problema era este, gente que (se) vende o País pela melhor oferta. Esperemos pois que estes novos «Viriatos» revelem a mesma atitude e tenham a esperteza suficiente para aniquilar algum traidor que se ponha com ideias, será preciso unidade perante adversários (em teoria) mais fortes.

 

Inté

publicado por Avózinha às 20:03

Maio 25 2010

Ouvi e vi hoje mesmo no noticiário da SIC que na Índia existe um homem santo que não come nem bebe há setenta anos, muito surpreendente esta notícia, por tudo o que implica no nosso contexto de sobrevivência. De facto os médicos interessaram-se pelo caso e internaram-no, para fazer exames, durante duas semanas, nesse período o homem foi vigiado 24 horas por câmaras e comprovou-se que, não comeu, bebeu ou expurgou o que quer que fosse, nem sólido nem líquido.

 

Tudo isto se deve a, em criança, ter sido tocado na língua por um dedo de uma Deusa de que agora não me recordo o nome (mas não era nem Scarlett Johanson nem Monica Bellucci) desde essa altura não mais sentiu necessidade de se alimentar. Não julguem que estou aqui a relatar este caso para ironizar ou dizer parvoíces como tantas vezes faço, a verdade é que nem faço tenção de contestar um único pormenor, vou acreditar como se disse na reportagem que este ser se alimenta da energia das coisas que o rodeiam, do universo.

 

Essas energias que tantas vezes me alimentam o espírito de tantas formas, talvez haja forma de alimentarem o corpo também, talvez eu seja limitado e ele não. Outro dos factos é que o cérebro deste homem de idade já avançada apresenta a frescura e as características de um de 25 anos, tudo coisas que a medicina e a ciência não estão a conseguir explicar, por isto nem sequer me vou dar ao trabalho, vou acreditar.

 

Inacreditável, para mim, é o exército indiano (os índios portanto) estar a pensar estudar este caso para conseguir obter alguma espécie de “avanço militar” em técnicas de sobrevivência, e afins. Será que nenhum governante se lembrou por exemplo da miséria e fome que assola parte do seu povo, e não só, porque um pouco (muito) por todo o mundo se padece desse mal, não seria melhor usar esse hipotético conhecimento para algo de construtivo!?

 

Não é que eu ache interessante alguém que não come nem caga/mija, mas morrer de fome como se morre no planeta isso é que não tem interesse nenhum. Mas pronto, lá vão eles ver como se podem aproveitar disto para desenvolver alguém sim, mas para ser mais eficiente na arte da guerra. Desde os filmes que sempre achei que os índios não eram muito espertos, mas estes superam, talvez algum resquício que tenhamos por lá deixado nos Descobrimentos, é que por cá toda a gente também parece muito distraída e pouco focada no essencial.

 

(Fonte: SIC)

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:29

Maio 22 2010

Aquilo que já foi apertar o cinto chamam-se agora «medidas de austeridade», como não gosto de aliar a (minha vasta) ignorância à falta de interesse pelo conhecimento, fui procurar, num dicionário perto de si, o significado destas coisas.

 

austeridade  (latim austeritas, -atis)
s. f.
1. Qualidade de austero.
2. Cuidado escrupuloso em não se deixar dominar pelo que agrada aos sentidos ou deleita a concupiscência.
3. Severidade, rigor.

 

concupiscência  (latim concupiscentia, -ae)
s. f.
1. Desejo imoderado de satisfazer a sensualidade.
2. Apetite sensual.

 

Retive o significado «Cuidado escrupuloso em não se deixar dominar pelo que agrada aos sentidos ou deleita a concupiscência.» sendo a concupiscência «Desejo imoderado de satisfazer a sensualidade» «Apetite sensual.».

 

Já adivinham o exercício tremendo que foi para mim juntar as peças, na prática, o Estado está escrupulosamente a não se deixar levar pela nossa sensualidade, ou melhor, dos nossos rendimentos, ora, é sabido que a sensualidade desperta a sexualidade e quando tudo se conjuga de forma harmoniosa...nós pimba, nós pimba (como canta o nosso “querido” Emanuel). Conclui-se pois que é mesmo apertar o cinto, se fossem as tais «medidas de austeridade» significava que estariam escrupulosamente a tentar não nos f*...repito, não nos f*.

 

(estou exausto!)

 

Inté

publicado por Avózinha às 15:45

Maio 20 2010

Tuga1: Já viste bem aquela cena da professora que pousou para a Playboy!?
Tuga2: Sim. Também estás indignado?
Tuga1: CLARO! Tentei inscrever-me na escola do meu puto e disseram-me que já não tinha idade...
Tuga2: (...)

 

Inté

publicado por Avózinha às 09:17

Maio 19 2010

Deambulando pela net e pela actualidade dou de caras com a notícia sobre um investigador norte-americano de seu nome Seymour Epstein (SE), estudioso e muito galardoado com prémios e distinções andou por cá pelo nosso pedaço de Ibéria a partilhar algum conhecimento que adquiriu. Entre muitas constatações uma destaca-se, pelo menos para mim, SE declarou que «A nossa espécie é louca» e se o homem estudou tanto e diz uma coisa destas, nem vamos contestar.

 

Pelo contrário, podem imaginar como me senti ao ler esta notícia, senti-me uma mente brilhante e igualmente um investigador que merecia ser agraciado com muitas distinções, poderei até dizer que sou muito mais merecedor que esse gringo que veio para cá pregar. É que bem vistas as coisas, o que ele disse já eu sei e afirmo faz muito tempo, agora não entendo é qual o motivo porque a mim ninguém me ouve...deve ser o eterno estigma nacional de ignorar o talento que cá temos, «a galinha do vizinho é sempre melhor que a minha».

 

«Todos os seres humanos possuem as duas mentes, uma comum a todas as espécies animais de nível superior, a experiencial-intuitiva, e outra racional, derivada das capacidades criadas pela linguagem»

 

Temos então um lado racional e outro «animal», se não temos deveríamos, porque faz falta. O «animal» vive do que experienciou e o racional ajuda-o a entender todas as emoções associadas, portanto, à boa maneira do nosso Presidente, deverá existir uma espécie de cooperação estratégica entre os dois, virada para a inclusão, ou seja, é bom que ambos saibam o que estão a fazer e comuniquem entre si, sem se excluírem...e não estou a fazer nenhuma analogia, mesmo, só aproveitei as palavras do homem de Boliqueime, mas sem estar a salivar pelos cantos da boca.

 

Assim, não vale a pena entrar em euforias porque temos um lado mais exuberante que outro, muito menos exultar o facto de ambos conviverem por debaixo da nossa Dura-máter, o que marca pontos mesmo é a comunicação entre os dois. Uma complicação do caraças, isso sim, porque ao que parece a verdadeira sabedoria está entre o equilíbrio que conseguimos gerir entre a nossa natureza individual  e a capacidade de aprendermos alguma coisa de interessante com a ajuda do racional.

 

Agora, já perceberam porque a nossa espécie é louca? Digam lá que o Avózinha não é um investigador ás sérias (digo isto e até fico todo arrepiado), o conflito interior leva-nos à loucura, cada um puxa para seu lado numa guerra de trincheiras...estou a falar de vocês claro, eu já atinei. Portanto, oiçam o que SE e eu andamos a dizer há séculos, resolvam a vossa vidinha, curem-se dessa loucura, atinem, e um dia poderão dizer que são como aqui este vosso amigo, nunca tão sensuais, mas enfim, também não queiram ter tudo.

 

(esta consulta foi grátis, as seguintes serão a pagar)

 

(Fonte: tvi24.iol.pt)

 

Inté

publicado por Avózinha às 09:38

Maio 14 2010

Se mostrarmos ás pessoas o que não somos, elas poderão gostar de uma coisa que não existe.

 

Inté

publicado por Avózinha às 09:46

Maio 12 2010

EU: Obrigado Deus!
DEUS: Por?
EU: Por teres dado uma abertazinha para o Papa aterrar.
DEUS: Eu? Eu não fiz nada...
EU: Oh! Vá lá, admite, dizes que tratas todos por igual mas a malta compreende...é uma pessoa importante.
DEUS: Já te disse, não fiz nada.
EU: E ele anda cá a ajudar-te no teu trabalho...
DEUS: Isso tem muito que se lhe diga.
EU: Então? Achas que não?
DEUS: Esquece, era eu a pensar alto.
EU: Como assim?
DEUS: Esquece!
EU: Agora vais ter de explicar!
DEUS: Vou ter? Mau, mau, não abuses da nossa amizade...
EU: Se não?
DEUS: (...)
EU: Pronto não expliques! Mas na verdade teria sido uma grande chatice.
DEUS: O quê?
EU: Não poder aterrar, tanto preparativo, tanto devoto a querer ver o Papa.
DEUS: Mas acabou tudo por correr bem, e sem a minha ajuda.
EU: Pois, e se para sair houver problemas, ajudas?
DEUS: Logo se vê.
EU: Aaaaahhh! Afinal admites!
DEUS: (suspiro)
EU: Vou dar-te o meu mapa de férias, preciso de bom tempo nessa altura, não te custa nada dar uma ajudinha.
DEUS: Nem te respondo. Porque não te preocupas com a crise, o teu subsídio de Natal, aumento de impostos...vai trabalhar.
EU: Não sei do que estás a falar, não posso pensar em tudo, é o Papa, o futebol, vem aí o campeonato do mundo.
DEUS: Pois, depois dizem que eu é que ando a dormir.
EU: Hein?
DEUS: Foste ver o Santo Padre?
EU: Não, estive a trabalhar. E tu?
DEUS: (...)
EU: Que sensível...

 

Inté

publicado por Avózinha às 00:03

Maio 10 2010

Tuga1: Os Islandeses, através da internet, estão a vender frascos com cinzas do vulcão.
Tuga2: A sério?
Tuga1: Sim.
Tuga2: Sortudos, nós nem um vulcão temos para nos ajudar a sair da crise.

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:37

Maio 05 2010

Se há coisa que me sabe muito bem é dormir de manhã, é do melhor, e consigo desfrutar muito mais do que qualquer outro período do dia ou da noite, subentenda-se pois que dormir a sesta foi tarefa que os adultos bem tentaram concretizar enquanto eu era miúdo, nem pensar, se me querem agradar, deixem-me deitar tarde e acordar tarde. Ora, é sabido que a escola e o trabalho são responsabilidades que não se coadunam com estes horários, por isso lá vou aproveitando sempre que posso, fim de semana ou férias, quando dá.

 

Agora que satisfiz uma das principais curiosidades que vos apoquentava (gosto muito desta palavra), passo ao assunto que me traz aqui hoje. Uma menina croata de 13 anos esteve em coma durante 24 horas e ao acordar, pasme-se, falava um alemão fluente, sendo sabido que já estava a aprender na escola o espanto poderá ser menor (apesar da fluência) agora que não consiga proferir uma única palavra na língua materna...essa sim, deixou-me KO. Segundo a notícia «Há relatos de casos de pessoas que estavam gravemente doentes, algumas em coma, e que acordaram a falar fluentemente noutras línguas - por vezes até mesmo línguas bíblicas, como as faladas na Babilónia ou no Egipto».

 

Esta notícia também serve para os detractores do nosso 1.º, que acusam-no de ter o diploma de Eng.º sem nunca ter posto os pés no estabelecimento de ensino, é a prova provadíssima que um dia podemos acordar e o nosso intelecto ter andado numa actividade tal que os leigos não sabem justificar tanto conhecimento. Em puto sempre sonhei com algo parecido, era preguiçoso, não queria estudar, e como era burro que nem uma porta à disciplina de Francês desejava acordar um dia e dominar o idioma Gaulês na perfeição...escusado será dizer que nunca aconteceu, de manhã quando os meus olhos cumprimentavam o novo dia de escola só conseguia praguejar...em Português.

 

É tudo uma questão de competência/desenvolvimento pessoal, aquilo que os meus professores de Francês desesperaram por me transmitir, outros fazem-no numa espécie de sono profundo. Felizmente nunca estive em coma (a não ser alcoólico) mas o máximo que consegui enquanto dormia foi ficar mordido das melgas, nesse aspecto ainda sou um mártir (as 70 virgens nem vê-las), no verão.

 

Conhecida a minha apetência para dizer disparates sobre qualquer assunto, o dia de hoje está ganho, missão cumprida.

 

Na verdade histórias como esta dão que pensar, a energia que circula no universo e em nós é algo que ainda está muito por explicar, não vale a pena tentar arranjar uma explicação 100% racional. Eu acredito nessa energia, nunca me ajudou a falar Francês mas tem me ajudado em outras coisas na minha vivência de terrestre pouco evoluído, o mínimo que posso fazer, e vou fazendo, é tentar passar para os outros essa boa energia, pode ser pouco, mas é de boa vontade.

 

(Fonte: tvi24.iol.pt)

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:58

Maio 03 2010

Estava eu a tentar actualizar-me com o noticiário, o que por vezes se assume como uma tarefa quase impossível, e oiço uma Professora dizer que Bullying existe em todas as escolas e atinge todas as classes sociais. Calma, isto não é um texto contra os professores (escrevo eu enquanto vou à janela verificar se já tenho alguma manif à porta, já se sabe como eles são) podia ter sido outra pessoa qualquer a proferir tal comentário, estou apenas a ser exacto no relato do que me suscitou largas horas de reflexão...bom, talvez um pouco menos.

 

Estou em crer que a dita professora disse o que disse como quem diz «à e tal, tá fesquinho...este tempo também não ajuda nada» porque o que é certo é que não havia nada para dizer, mas os noticiários precisam de se alimentar de alguma coisa. Com isto não estou a afirmar que a morte/suicídio que ocorreu faz umas semanas não foi grave e de lamentar, sobretudo quando se trata de uma criança como foi o caso a tragédia é ainda maior, ou não fossem as crianças o futuro.

 

O motivo de eu dizer o que disse é simples, ainda me lembro dos meus tempos de escola, é claro que não andei nas escolas todas, apenas frequentei ensino público mas nessa altura já existiam putos que o seu passatempo era aterrorizar os elementos «mais fracos». Ou seja, nesse tempo já era comum dar de caras com alguns «bad boys» que se entretinham a perseguir e a maltratar outros...porque sim, porque lhes apetecia, porque tinham mau instinto.

 

Essa cobarde actividade não dava pelo nome de Bullying, nem por outro nome algum, era a lei do mais forte (para quem perseguia) ou a lei da sobrevivência (para quem era perseguido). Restava a quem sofria na pele suportar a tortura, ser inteligente o suficiente para que os caminhos nunca se cruzassem, ou que acontecesse o mínimo de vezes possível, ou claro, a sorte de ter alguém que o defendesse, não me falta memória de alguns casos de putos que tinham de andar a fugir, muitas vezes até alteravam o caminho para casa porque de outra forma já sabiam o que os esperava, e não eram assim tão poucos.

 

Não fiz parte dos que tinham de olhar por cima do ombro (seguramente com o coração acelerado) para assegurar que nenhum puto ordinário lá vinha para distribuir a dose diária de violência, sinceramente não sei dizer sequer se o fenómeno está pior, agora que não é nenhuma doença ou nova vaga, isso não é de certeza absoluta. Acredito sim que a sociedade esteja transversalmente, em todas as faixas etárias, mais violenta, nunca vi a Abelha Maia a dar uma carga de porrada no gafanhoto ou o Marco a fulminar alguém com um raio saído dos olhos, por isto a inspiração da altura era de outra índole. Quanto ás classes sociais...francamente Sr.ª Profexora, nem sei o que lhe diga, esses miúdos, uns gostam de arrear porrada e outros aplicam violência física/psicológica, escolha lá a classe de cada um e encaixe num destes dois perfis.

 

Inté

publicado por Avózinha às 20:09

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