Avózinha (Sim, com acento...)

Setembro 28 2009

À data que vos escrevo estas palavras é dia de eleições legislativas, aliás, fim de dia, porque os resultados já estão quase todos apurados e já se sabe mais ou menos o que nos espera...ou não. Como sempre, fui fazer a cruzinha no boletim de voto e bem ou mal lá deixei o meu contributo, pelo que já perceberam não foi em branco, porque se fui fazer uma cruzinha...ou então estou a enrolar-vos com conversa.

Aqui o Avózinha não faz campanha para ninguém como puderam constatar, foi com alguma dificuldade que me abstive de falar de coisas que se pudessem relacionar com política. Não é por nada mas não queria que os milhões que visitam este espaço fossem de alguma forma aliciados pelos meus devaneios e assim ter influência no desfecho das eleições. Foi uma espécie de Ramadão político ao qual tive de me aguentar, e acreditem que não é nada fácil, porque se à gente que se está sempre a pôr a jeito para um «gajo» dizer mal, são os políticos/governantes.

Mas adiante, saio da mesa de voto e à porta sou interpelado por um elemento da rtp, não de reportagem mas de sondagens à boca das urnas, que me solicitou que colabora-se, enfim, pedi desculpa e lá segui porque estava com pressa. Como é obvio fiquei a pensar no assunto e já circulando em plena  auto-estrada decidi fazer a  sondagem à minha maneira, o «problema» foi imaginar um método que encaixa-se nos parcos recursos à minha disposição.

Foi então que uma luz se fez, ao passar por uma sinalização que adverte os automobilistas para circular pela direita («já sei!») decidi como iria completar a tarefa a que me propus, tentando perceber se a maior parte circulava pela direita ou esquerda concluiria quem ganharia as eleições. Ora lá vão uns quantos pela direita, ora outros tantos pela esquerda, e....«com mil raios!» a grande maioria circula pelo meio, caramba, esta gente está mesmo como eu, não estão para revelar qual a sua intenção de voto.

Talvez fosse castigo pela minha indisponibilidade para colaborar, embora eu não esteja lá muito convencido com esta tese, estou mais em crer que é sim indisponibilidade dos condutores para colaborar com as regras de trânsito e boas práticas ao volante. Enfim, lá me lixaram mais uma ideia brilhante e deste modo tive de esperar pelas projecções na hora dos principais canais de televisão que cobriram as eleições. Mas aqui só para nós, que os políticos/governantes não nos estão a ouvir...se não se consegue convencer esta gente a cumprir uma regra simples em prol de uma maior segurança de todos na estrada, governar-nos não deve ser tarefa fácil, ai não não.

Inté


Setembro 27 2009

Vocês nem imaginam, estou com o aparelho de medir a tensão colocado no braço a  monitorizar-me constantemente enquanto escrevo estas palavras, tal é a excitação que me causa o assunto de hoje. É que  um destes dias está prestes a começar mais uma edição do programa «Ídolos» que espero muito sinceramente seja tão espectacular e emocionante como as anteriores temporadas que não vi.

Pois é meus caros amigos, programas destes são pão para a boca do Avózinha que se alimenta da má programação, ou melhor, do tempo que não se gasta a ver este género de entretenimento, sobra assim mais vagar (mais uma palavra que gosto) para ir soltando umas palavritas neste espaço. Mas calma, não façam o mesmo que ao «Jornal Nacional» da TVI, lá porque não presta (corrijo, eu não gosto) não é preciso fechar a torneira, senão não há programação que resista.

Bem sei que (não) estou a exagerar, é claro que há muito boa programação na TV, eu é que não a vejo porque quando está a passar estou a fazer outra coisa qualquer,  são manias minhas, desde a escola primária que tenho problemas de concentração, como se diz agora, na altura diziam que eu era burro e que nem para tóxicodepente tinha capacidade. Existem tantos bons programas na televisão que com a sobrecarga de informação no meu cérebro, não me lembro de nenhum, tipo muita gente a querer passar numa porta, todos ao mesmo tempo.

Vai ser com muito esforço que não vou ver mais esta série de verdadeira caça ao talento, e pensando bem assemelha-se mesmo à caça, há dias que não aparece nada de jeito, outros, é só tiros ao lado, e assim é preciso ter estofo e perseverança para aguentar. Mas fora isso, é só esperar que no meio de tanto nada, apareça alguma coisa digna de registo, haja paciência.

Resumindo, o programa «Ídolos» deve ter um “épisódio” que vale a pena ver, tipo a final ou algo do estilo, até lá chegar, é penar e aguentar a ausência de dom dos «desgraçados» que preenchem à borla tempo de antena, não sei se lhes hei-de chamar mão de obra barata ou voluntariado. Aqui o Avózinha não tem pachorra, e “rir de alguém”, só se tiver talento para me fazer rir, ou entre amigos...rir de figuras tristes não faz o meu género.

Inté

publicado por Avózinha às 23:26

Setembro 24 2009

Muitos procuram o verdadeiro amor, poucos se atrevem a prosseguir até encontrar.

Inté

publicado por Avózinha às 22:27

Setembro 23 2009

Se pensarmos em Paula Rego (PR) e Joe Berardo (JB) facilmente chegamos a algumas coincidências, e a polos opostos também, ou melhor, pelo menos o meu frágil raciocínio chega, é como dizem «de poeta e de louco todos temos um pouco» assim sendo, se de poeta nem um pouco tenho, estou no direito de compensar com loucura. PR e JB conseguiram sucesso e reconhecimento além fronteiras, a esse ponto em comum junta-se também o dialecto que cada um fala e tanta dificuldade me causa em entender, provavelmente fruto da vida afastada da pátria.

Mas as semelhanças entre ambos vão mais além, o seu contributo para a arte ficará também marcado na história, se bem que PR é uma artista criadora de arte e JB «apenas» um coleccionador/investidor. Quando digo «apenas» não o faço atribuindo demérito à pessoa em causa, mas é um facto que a colecção que conhecemos foi paga com muitos milhões de euros dos contribuintes que se a quiserem visitar terão de o fazer no Museu Colecção Berardo criado para o efeito.

Muito sinceramente não me parece que o comendador a tivesse de oferecer, pois se investiu nela está no direito de ter o seu retorno, e o estado também pode e deve ter o seu papel de salvaguardar um património que ficará para todos. Muito discutível (na minha opinião) é pagar pelas obras de arte e atribuir o nome do ex-proprietário à colecção, poderei estar a ser mesquinho, mas existem ao longo da nossa história alguns exemplos de grandes legados artísticos/culturais de valor incalculável, simplesmente doados.

PR é um caso flagrante e distante de JB «apenas» porque...doou cerca de 600 criações suas à recente inaugurada Casa das Histórias Paula Rego em Cascais, na verdade não tinha de o fazer e muitos dirão que bem pateta é por dar a um povo que pouco ou nada lhe deu. Reconhecê-la agora depois dos outros é tarefa mais simples do que cabular num teste, é tarde, mas mais vale tarde do que nunca, resta-nos aprender com mais esta lição e com a grandeza do seu gesto.


Não serei um conhecedor de arte assim como de qualidades humanas, quanto muito um apreciador analfabeto, mas quem queria ver uma mulher de 73 anos com uma interminável aura de felicidade transbordando simplicidade, deveria lá ter estado na inauguração, ou na impossibilidade de o fazer como eu, via a reportagem. Pois façam o que muito bem entenderem e pensem o que bem vos aprouver, cada um deixa o nome à sua maneira, aqui o Avózinha tem o direito de escolher as empatias.

Inté

publicado por Avózinha às 23:36

Setembro 22 2009

(ponham o clip a rodar sff)

 

 

 

Este clip desperta-me tanta coisa que nem sei por onde começar, qualquer banda dos nossos dias comparada com os Rolling Stones é quase um exercício impossível, é como chamar o Gregório sem ter de levar os dedos à boca. É claro que o tempos não voltam para trás e os meninos de hoje que querem ser estrelas da música confundem egocentrismo com carisma, pois bem, ponham os olhos nestes rapazes e percebam a diferença.

Como diriam os QUEEN « it’s a kind of magic» e se acham que tudo se resume a drogas, bem, pensem duas vezes porque drogas sempre as houve e hoje até bem mais do que em tempos idos. Um grupo de lingrinhas filhos da mãe com caras de cavalo cheio de fome que mais parecem ter sido todos paridos pela mesma égua, mexem-se, tocam e cantam como ninguém, além de comporem músicas e letras como só eles sabem.

Ainda hoje e já na casa dos 60 dão concertos de duas horas de deixar qualquer um em êxtase,  e nem precisam de estar a agarrar os tomates o tempo todo nem fazer caras de maus para se parecerem uns gangsters. Isto é talento original, é música, é rock n’roll de fazer o tempo parar, quando tocam não há equívoco, é fácil reconhecer o som.

Quem mais poderia dizer/cantar:


(….)
Sparks will fly
When I finally get myself
back on you, baby
Sparks will fly
When I finally get myself
back on you, baby
I'm gonna step on the gas
I want to get there really fast
I want to fuck your sweet ass
Sparks will fly
Sharks will cry
Sparks will fly
(....)


Mick Jagger criou aqueles movimentos que mais ninguém ousava, porque era isso que queria fazer, sem pensar se iria ficar bem na fotografia, é assim que os artistas/génios vivem. Muitos passam despercebidos sem que alguém os compreenda, outros tornam-se lendas vivas, os Stones para o contentamento de muitos (e meu) preencheram décadas de bom Rock n’Roll, and sex, and druggs...«start me up»...«I'll take you places that you've never, never seen».


Sobreviventes:         Mick Jagger

Keith Richards
Ron Wood
Charlie Watts


Inté


Setembro 20 2009

José Manuel Durão Barroso (DB) foi reconduzido à presidência da Comissão Europeia para mais um mandato de 5 anos com 382 votos a favor, 219 contra e 117 abstenções. O Parlamento Europeu confia assim nas capacidades do nosso ex-primeiro-ministro e mostra que a maioria dos seus membros estão satisfeitos com o trabalho desenvolvido por este.

 

Portugal também tem motivos para estar muitíssimo satisfeito, não porque possamos beneficiar de alguma coisa (como alguns acreditam) mas sim porque pelos menos durante mais cinco ele não volta para cá. Se bem que o homem pelo passado que conhecemos, tem dificuldade em aguentar compromissos, podendo dar de frosques antes de terminar o mandato, não é de fiar quando voltará.

 

Aliás, eu até estava convencido que a intenção do Parlamento Europeu quando o propôs para o primeiro mandato seria a de que ao fim de pouco tempo DB partiria para outra, mas provou-se mais uma vez de que o que eu penso tem pouco de consistente. Afinal querem-no mesmo por lá e até Sócrates o apoia, mas isso também não me surpreende, ou era isso ou era tê-lo por cá a fazer oposição...Manuela Ferreira Leite pensará o mesmo.

 

Por outro lado não deixo de exibir alguma ralação (gosto desta palavra) e receio, é que os dois nossos últimos primeiros ministros (excluindo Santana Lopes) foram recrutados para cargos europeus, e se bem que nós já estamos habituados a penar sem sair da cepa torta à conta destes personagens, os outros europeus nem por isso.

 

Guterres também lá foi, comissário...comissário não, alto comissário das Nações Unidas para os Refugiados, e eu pergunto como será que é definido perfil para estes cargos e depois escolhem a pessoa que encaixa. O «Tonecas», como gosto de lhe chamar carinhosamente (um dos melhores bonecos de sempre do Contra-Informação, minha opinião), já estava habituado a lidar com miséria mas, fontes (in)seguras asseguram que foi assim:

 

Tonecas: Estou, Kofi, sou eu o Tonecas. Estás bom?
Kofi Annan: Vai-se indo, o tempo não ajuda.
Tonecas: É verdade…escuta, isto por aqui não me anda a correr muito bem, não me arranjas um cargo(?), preciso de um sítio para me refugiar.
Kofi Annan: O quê? Queres o cargo de comissário para os refugiados? Mas porque raio...?
Tonecas: Não, não é isso…
Kofi Annan: É mesmo isso!? OK, tu lá sabes, vou ver o que se pode arranjar.
Tonecas: Mas, mas...
Kofi Annan: Prazer em ouvir-te, e um abraço.
Tonecas: Abraço (suspiro).

 

Ficamos a saber que tão depressa DB não regressa ás lides nacionais, está como peixe na água, melhor dizendo, como cherne no oceanário da comissão europeia, o mesmo não se pode dizer de Tonecas, parece que termina o mandato em 2009 e mais umas vez fontes (in)seguras, asseguram que tem aspirações à Presidência da Republica. Não sei quando Sócrates sairá do governo, mas seguindo a tendência, lá partirá «rumo àzeuropa» (ler com sotaque brasileiro), estou é curioso para saber em que perfil encaixa...ousem a sugerir.

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:33

Setembro 17 2009

This life or in another, i will do my thing, my way, and nothing is gona move me from it.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:02

Setembro 16 2009

Na China, um camponês chinês (este inicio está demais, o texto podia acabar já aqui, mas vou continuar) de 78 anos viu as suas poupanças desaparecerem. Se lhe quiserem escrever ou mandar alguma verba para o ajudar a recompor as finanças, o homem chama-se Wang Wenyou e vive na cidade de Nanan, província de Fujian, imagino que todos o conheçam por lá mas pelo sim pelo não digam que é um sujeito não muito alto e com os «olhos em bico» assim deve ser mais fácil a identificação.

 

Esta descrição que acabei de fazer diz mesmo da minha falta/ausência de carácter, como se eles fossem todos iguais, mas na verdade nunca gostei de chineses...já de chinesas gosto bastante. Mas adiante, este senhor de que vos falei, e segundo reza a notícia, conseguiu durante 4 anos juntar 200 euros no seu mealheiro que consistia em dois sacos de plástico guardados debaixo da cama.

 

Por nos últimos tempos alguns bancos estarem a falir (presumo), com medo ou não,  foi naquele sítio que Wang Wenyou achou seguro guardar o seu pecúlio, assim, quando necessitou de algum dinheiro para ajudar a pagar os estudos do neto (avós são sempre avós, na China ou em qualquer parte) deve ter sido em choque (imagino) que constatou que insectos tinham feito um banquete com as  suas notas, tendo ficado sem nada.

 

Ao bom estilo português arranjei uma «teoria da conspiração» para explicar este sucedido, mas credível pois claro, como sempre, estes insectos não são uns quaisquer, são «mercenários» super treinados e a soldo dos bancos. Com a falta de liquidez nos mercados financeiros e a necessidade extrema de os bancos captarem fundos, esta medida desesperada tem a intenção de espalhar o terror por quem é avesso a confiar as suas economias à banca.

 

É deste modo e de outros que a banca nos tenta levar à certa, ora com publicidade que dá a ideia que com meia dúzia de tostões vão deixar-nos ricos, ou então com estratagemas ainda mais baixos, pondo mosquitada e companhia no encalce das nossas poupanças. Se guardam dinheiro em casa, desconfiem sempre, uma mosca com ar de quem só quer estar a chatear ou um mosquito da fruta que aparenta apenas querer encontrar o caminho para a fruteira, são apenas exemplos de hipotéticos bandidos contratados pelos bancos e avidamente à procura das vossas notinhas...eu vou tramá-los e partir-lhes a boca toda, amealharei tudo em moedas, quero ver que bicharada mandam a seguir.

 

Inté


Setembro 14 2009

Imaginem que o mundo é um pequeno «Saloon» onde se reúnem os humanos, fazem-no porque é normal, coisas da sociedade, uma espécie de regras não obrigatórias mas que toda a gente obedece muito bem sem saber porquê. Um «Saloon» de verdade, assim todo feito de madeira, inclusive as portas de entrada que ficam a dançar uma com a outra após passarmos, uma para lá outra para cá numa coreografia em que ambas finalmente se encontram e sossegam até que alguém se as atreva a trespassar de novo.

 

Aqui cada um tem o seu papel mas uma coisa em comum, todos têm vontade de aparentar bem e impressionar tudo em sua volta, não será bem uma feira de vaidades, talvez mais de falsidades, ou as duas, ou nenhuma, ou o diabo que os carregue (o caralho que os fôda...em vernáculo). Há para todos os gostos, é fácil distingui-los porque embora um único rebanho, fazem grupos onde cada um tem o seu papel, uns de idiotas outros de parvos.

 

Aqui existe um espaço onde se junta uma parte e todos os outros se questionam porque raio aquela gente por ali habita, numa outra área convivem mais uns quantos “invejados», os restantes anseiam se juntar a estes belos sobredotados e o objectivo final é poder fazer parte desta elite. Pelo meio uma espécie de paralelo 38 onde mais uns quantos circulam, à excepção dos que vão caindo ora para um lado ora para o outro.

 

Imagino-me a entrar no «Saloon» com dois revolvers, daqueles que nunca ficam sem balas ao bom estilo western, vou começar a eliminar e a primeira vítima que vejo sou eu mesmo representando muito bem o meu papel. Pois é  por mim que vou começar, apresso-me a enviar uma bala certeira no coração desta primeira vítima aliviando-me deste fardo e ao mesmo tempo consigo a atenção de todos.

 

Os olhares de cada um convergem em minha direcção e é fácil perceber o que se lhes assemelha, a inocência, todos uns filhos da mãe inocentes a pedi-las. À excepção de alguns que tentam encontrar um ponto de fuga com os olhos, os restantes rapidamente percebem que estou no caminho da única saída e que não estou ali para conversar nem aberto a negociações, sou um enviado do Diabo e vim em missão, falhar simplesmente não faz parte.

 

Trabalhar para a «Besta» tem destas vantagens, somos bem recompensados e não compensa aceitar subornos, além de que trair a causa não é bonito. Assim, a partir da dança das portas após a minha entrada o guião está escrito e a sentença de cada um também, resta começar o banho de sangue e mandar uns para o inferno e outros para o inferno também, porque isto não é um julgamento e já não há tempo para fazer justiça.

 

Se alguns ajudam à festa movimentando-se numa tentativa desesperada de escapar, outros nem dão trabalho a enfiar-lhes um balázio nas entranhas, sim, nas entranhas, assim além de sangrarem mais a agonia também é maior e mais prolongada. Estou aqui em trabalho e apenas a primeira vítima (por motivos óbvios) foi poupada ao sofrimento, os restantes vão ter de penar cada segundo até se lhes faltar a vida.

 

Malditos «Saloons» feitos em madeira, vou ter de queimar este barracão, pois limpar este rio de sangue é tarefa que nem ao Diabo desejo.

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:52

Setembro 13 2009

Se algum dia pensar em aventurar-me por conta própria num projecto empresarial, umas das valências que vou ter de delegar para quem saiba do assunto é a área financeira. Os números fazem-me confusão, ou melhor, os exemplos que observo é que me deixam confuso, claro que não são uns exemplos quaisquer, refiro-me a algumas empresas públicas.

 

Nalguns casos, deviam de deixar de se chamar «Empresa Pública» para «Prejuízo Público», o exemplo dos transportes é fatal. Não, não me estou a referir à TAP nem à CP, mas até poderia ser, refiro-me à Metro do Porto e Metro de Lisboa, que no caso de ambas desconfio profundamente das suas actividades, aquela história de circularem debaixo do chão através de túneis é muito suspeita, eu cá sempre achei que eles escondem alguma coisa.

 

O que não escondem e vem sempre à superfície é o prejuízo, resultados (sempre) negativos é com eles mesmo, e aí as administrações estão bastante competitivas entre si. Não posso é deixar de denunciar uma grande desigualdade, os administradores executivos do Metro de Lisboa ganham menos de metade dos do Porto, ora, alguém anda aqui a falhar porque o prejuízo de um e de outro é um valor aproximado.

 

Ou seja, se os do Porto ganham mais do dobro do que os de Lisboa deviam de registar um prejuízo a dobrar, apresentaram em 2008 um resultado líquido negativo de 148,6 milhões de euros «contra» 126,7 milhões de euros dos Alfacinhas. Eu estou indignadíssimo, uma destas duas administrações está a falhar, ou Lisboa devia descer para um valor cerca de metade  dos 148 ou Porto devia  subir para o dobro dos 126 milhões, agora esta situação não pode continuar, há que pedir explicações.

 

O resto não se sabe bem, mas acho que fazem alguma coisa ás pessoas que usam este transporte, eu não quero lançar suspeitas mas quem se afoitar a usar o Metro nunca mais será o mesmo, estou em crer que eles irradiam as pessoas com algumas ondas estranhas e depois nós fazemos o que eles querem, só que quando saímos já não nos lembramos de nada, tenho a certeza...ou é isso ou ando a ver muitos filmes.

 

(Não se preocupem, a seguir a escrever isto fui tomar os comprimidos, só tive de me desviar dumas televisões com asas que me perseguiram de forma endiabrada e de uns monstros enormes que insistentemente me tentavam vender cautelas para a lotaria do Natal. As plantas cá de casa subitamente também ganharam vida, pernas, braços e uns olhos esbugalhados que iam mudando de cor, mas coitadas, deve ter sido por falta de água, começaram a alucinar.)


Inté

publicado por Avózinha às 23:30

Setembro 10 2009

Damos a nós próprios importância a mais do que a que temos e menos da que merecemos.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:55

Setembro 08 2009

«Um turista gay consome mais em férias, com um gasto médio diário de 130 euros, o que representa 30 por cento a mais que o resto dos turistas, revela um estudo de mercado sobre este segmento elaborado pelo Instituto de Turismo de Espanha, noticia a agência Europa Press.»
(In Agência Financeira)

 

Ao que parece e segundo este estudo, os gays por alegadamente terem menos encargos podem dar-se a outros luxos, visto terem um orçamento mais folgado. Eu acredito que seja por isso, a maior parte pelo menos filhos não terá, mas a outra razão poderá ser, que a televisão anda a pagar bem.

 

Claro que é fácil arranjar muitas desculpas mas se calhar a homossexualidade é muito mais do que só gostar de cartas do mesmo naipe, isto dá que pensar, pode se dar o caso que estes genes transportem ou despertem maior capacidade para o negócio e sucesso profissional. Independentemente do que já foi dito, quem nunca teve coragem de sair do armário tem agora um bom motivo como justificação (aqueles que achem que têm de justificar), a bem da economia, revelem-se.

 

----------------------- Diálogo 1 -----------------------

Fufa1: Vou oferecer-te umas férias.
Fufa2: Onde?
Fufa1: Nas caraíbas.
Fufa2: Quando?
Fufa1: Vamos na próxima semana.
Fufa2: Viagem em classe executiva?
Fufa1: Sim!
Fufa2: E o hotel, é de 5 estrelas?
Fufa1: É!
Fufa2: Que chatice.
Fufa1: Então?
Fufa2: Não tenho roupa nenhuma de jeito para levar.
Fufa1: Parva! És mesmo vaidosa.
Fufa2: Ai ai (suspiro), vou ás compras e tu vai fazer um tratamento de pele, nesse estado não podes viajar, pelo menos comigo não.

----------------------- Diálogo 2 -----------------------

Bicha1: Vou oferecer-te umas férias.
Bicha2: Korror!
Bicha1: Não gostas da minha prenda?
Bicha2: Oh coisa fofa, não é isso que queria dizer...adorei a ideia.
Bicha1: Então?
Bicha2: Não tenho roupa nenhuma de jeito para levar.
Bicha1: Parva! És mesmo vaidosa.
Bicha2: Ai ai (suspiro), vou ás compras e tu vai fazer um tratamento de pele, nesse estado não podes viajar, pelo menos comigo não.

 

O que é que quer isto dizer (?), que para estimular o consumo e impulsionar a economia precisamos de aumentar a população gay? E vamos importar como já fazemos com a mão de obra imigrante ou vai ter de haver quem converta as suas próprias opções sexuais? “Não me importo de fazer sacrifícios pelo país” mas peçam-me outro tipo de coisa, quanto muito posso me transformar numa lésbica, e prometo ser bem doida.

 

(Os termos «Fufa» e «Bicha» não pretendem ser achincalhantes, apenas serviram para tornar mais claro quem eram os personagens, para quem tivesse dúvidas)

 

Inté


Setembro 07 2009

O milhões de frequentadores do Avózinha ao acederem a este espaço de qualidade, além de constatarem o bom gosto no grafismo renovado, devem estar a interrogar-se «mas qual é a razão para esta mudança de visual?». Como não quero vos deixar em ansiedade, nem sem dormir noites a pensar no assunto, vou revelar, só para que não achem que não me preocupo com a vossa saúde, porque como é lógico e vocês já estão habituados este vosso criado não faz assim qualquer coisa sem mais nem menos.

 

Este virar de página aqui no Avózinha deve-se a....APETECEU-ME, o motivo é bastante forte como podem ver. Na verdade como não estou habituado a mandar em nada, então usei esta ocasião para me sentir revigorado e assim provar a mim mesmo que eu estou em controlo, sou o comandante, aqui mando eu e acabou-se a discussão, se bem que, tive de escolher entre alguns modelos que o sapo põe à disposição, mas não interessa, de entre esses a escolha foi minha.

 

Talvez o meu actual momento de desinspiração também seja responsável pela mudança, como não me tem apetecido escrever pus-me a mudar isto, sempre é só fazer uns clicks no rato e já está. É verdade «ouviram» bem, desinspirado, não sei se mais «desins» do que «pirado» mas para eu fazer um trocadilho destes, já estão bem a ver que o caso é grave.

 

No fundo eu até sei o que  se passa comigo, são as eleições, ou melhor, é a campanha para as eleições. Há muita negatividade no ar e eu assim não funciono bem, e o pior é que vai piorar, quanto mais perto chegar o dia do sufrágio mais sentirei estas forçar a arrastarem-me para o vazio. E pronto, confesso que sinto saudades de Manuel Pinho, eu e todos os surdos, que dantes podiam contar com ele para fazer a tradução para língua gestual das sessões da Assembleia da República...nem para um dos muitos jantares em homenagem ao ex-ministro me convidaram, logo eu que sou do Ribatejo e até gosto de touradas.

 

Vamos lá ver se me passa esta falta de inspiração e recupero os dois milhões de visitas por dia a que estou habituado, até lá vou fugindo e tentando não assistir a nenhum debate entre os candidatos ás legislativas. É que os «gajos» dizem aquelas coisas e hipnotizam uma pessoa, mal por mal, antes prefiro ficar desinspirado do que hipnotizado.

 

(e claro, espero que gostem da nova decoração, levei o fim de semana todo a planear todos os detalhes e pormenores, nem dormi...só para vos agradar)

 

Inté


Setembro 06 2009

Quando há uns tempos atrás escrevi aqui algumas coisas sobre as boas intenções que reinam na sociedade, referia-me a tudo menos a grandes feitos, grandes acontecimentos (bons ou maus) ou grandes individualidades e muito menos a intenções que não passam disso. O «alvo» eram as acções que resultam das intenções, daqueles que passam das palavras aos actos, a pessoas simples e insignificantes como eu, que não governam, que não administram grandes activos corporativos, que não comandam exércitos nem revoluções. Do quotidiano.

 

Falo dos milhões, dos piões, daqueles que negam um sorriso e escancaram as portas à mesquinhez e as fecham à lealdade, do povo, de nós, as bestas de carga a mando de meia dúzia. Refiro-me ás traições do dia a dia, as que apontamos aos outros mas só estamos à espera de uma oportunidade para fazer igual ou pior, dos enganos e desenganos, umas vezes para com outros e tantas vezes a nós próprios.

 

Se mentes a alguém estás a proceder mal, mentirinhas é coisa de ficção, apenas existe a mentira, ou é verdade ou não, apenas reconheço que umas magoam mais que outras e algumas podem deixar mais marcas que outras. Estamos enterrados em merda até bem perto do nosso nariz e fingimos que não cheira nada, cada um que represente da forma como lhe convier, cada um que se agarre ao papel que acha que melhor lhe serve os intentos.

 

Não ponham é a consciência ao barulho, ela retira-vos o sossego, não vos deixa em paz e põe-se no caminho, não vos deixa receber subsídio de desemprego indevidamente, impede-vos:
- de fugir aos impostos
- de meter baixa fraudulenta
- de devolver o troco recebido quando está a mais
- de pagar um artigo que não foi debitado por lapso
- de dar a cara por uma asneira cometida
- de comer a(o) companheira(o) do(a) amigo(a)/inimigo(a)/colega/desconhecido(a)
- de ser leal
- de viver a vida de e na verdade
- (...)

 

Que foda de consciência, não deixem nunca que a puta se apodere do vosso ser, impeçam a todo o custo que ela paute a vossa vida. Se alguém vos fizer mal devolvam a dobrar ou a triplicar, mas devolvam com toda a força, se forem traídos/enganados façam o mesmo na primeira oportunidade, porque assim é que é bonito, mandem a consciência ir passear nua para um campo cheio de urtigas. Olho por olho dente por dente, ou já chegámos à civilização (?)...

 

Inté


Setembro 03 2009

Não perguntem a minha opinião se querem ouvir outra coisa.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:53

Setembro 02 2009

Infelizmente ou não, a tristeza ou momentos tristes fazem parte da nossa vida, esses espaços de tempo em que o nosso espírito anda cabisbaixo podem ser resultado de muita coisa, uma delas é a morte de alguém que tem um cantinho no nosso coração. Não interessa o parentesco, não interessa quem, se gostamos é porque nos preenche uma parte de nós, uma amizade, um amor, uma paixão, ou até mesmo simples admiração.

 

Lembro-me de algumas pessoas que recordo com saudade, algumas a quem o passar dos anos não perdoou o inevitável «adeus», aquelas que envelheceram e ao longo das décadas foram se transformando em muitas histórias para contar. As melhores das melhores, as histórias vividas, as que me faziam perder a noção do tempo enquanto escutava e sempre que escuto, autênticas aulas, lições de vida contadas na primeira pessoa por quem sabe.

 

Este meu fascínio por ouvir «os mais vais velhos» já é antigo, sempre foi assim desde que me lembro de ser gente, desde puto que uma boa história contada à mesa ou numa outra oportunidade, me fazia esquecer a brincadeira. Era um dos muitos benefícios de viver no campo, onde ás vezes parece que o tempo pára, o trabalho não espera mas havia sempre tempo para contar mais uma passagem da vida  «anda rapaz, não escutes com os braços, senão nem amanhã». Nessa altura morria-se a trabalhar, agora morre-se em lares...para quem lá chega.

 

Ainda existem muitos contadores de histórias, a maioria não passam de «impostores» com lengalengas, contos do vigário, narrativas para atingir um fim, normalmente para convencer alguém de algo...«levar à certa» como se costuma dizer. Os verdadeiros, esses, esses só querem partilhar, passar a mensagem por gerações, o seu maior gosto é ter alguém que vá lembrando e que faça perdurar os pequenos grandes feitos.

 

Recordo essas pessoas que algum dia completaram uma parte da minha existência e não consigo evitar um leve sorriso, tudo aquilo que me ensinaram e transmitiram ajuda a matar a saudade e a “esquecer” que já cá não estão. Elas partem, e não fossem as suas histórias um vazio ficaria, é uma forma de encarar a sua partida. Talvez seja assim que eu um dia queira ser lembrado, com um leve sorriso, e se algum vazio deixar que seja preenchido com alguma(s) história(s) minha(s).

 

Inté


Setembro 01 2009

Rambo V ou «O regresso da múmia» como era para ser chamado inicialmente, só não foi porque colidia com um filme que já tem esse nome, aliás «Rambo vs A Múmia» poderia ser o mote para uma nova saga, ou talvez não, pensando bem, Rambo despachava a Múmia nalguns segundos e o filme nem daria uma curta metragem. A verdade verdadinha é que Stalone vai fazer mais uma sequela de acção com o nosso herói, eu estou em falta porque só vi até ao III, espero que ele me perdoe.

 

Não posso dizer que sou um fã incondicional mas vi com prazer as primeiras sequelas, além de ser porreiro ver o rapaz rebentar com tudo e todos, a expectativa de nalgum “episódio” ver se ele melhorava da face era motivo suficiente, sempre me fez impressão ele ter a boca de lado, e acho que inimigo não o levava a sério por isso mesmo...pagaram bem caro a afronta.

 

O grunhido é único e espero que nunca o obriguem a falar pois o seu modo de se exprimir é assim mesmo, imagem de marca, fazer o Rambo falar seria como obrigar o Chuck Norris a fazer ponto cruz, não faria sentido. Houve uma altura em que rumores indicavam que Rambo  iria ter sessões de terapia da fala dadas pelo Chewbacca e finalmente o iríamos entender sem recorrer a legendas, fiquei alarmado e julguei que seria o fim, mas tudo não passou de um boato e a minha vida retomou o seu curso (a)normal.

 

Uma expressão vale mais que mil palavras, e se for com o dedo no gatilho então, este guerreiro consegue soletrar o abecedário com uma metralhadora nas mãos, apenas com o som das balas, o que não deixa de ser impressionante. Sempre foi muito expressivo o nosso herói que desta vez se prepara para lidar com traficantes de pessoas e droga junto à fronteira dos USA e México, acho que para variar o filme vai acabar com os malfeitores a irem pelos ares...e a levarem bengaladas no lombo.

 

Rambo, tanto podia  ser nome de herói como de curandeiro que anuncia em jornais acabar com mau olhado e outras coisas mais, felizmente para nós a humanidade ganhou um defensor dos oprimidos. E o seu leal coronel ganhou um amigo, sempre achei muito bonita a relação deles os dois, a forma ternurenta como trocavam olhares, pode ser que na sequela X tenham coragem de assumir alguma coisa.

 

Inté

publicado por Avózinha às 22:57

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