Podemos concluir que Dias Loureiro (DL) não tem o hábito de ler enquanto ocupa o lugar na tribuna de honra, por onde aliás todos passamos quando necessitamos de largar o lastro, oxalá pelo menos tenha o hábito de lavar as mãos após o serviço feito. Este homem que até já foi ministro e até há bem pouco tempo era conselheiro de estado, começa a ter o perfil e currículo para no futuro se candidatar a uma autarquia, senão vejamos, apelido «Loureiro» já tem, e negócios da china é com ele mesmo.
Parece que os investigadores do caso BPN foram dar com documentos com informação relevante ao processo em casa de DL, mais propriamente por uma porta que só tinha acesso através da casa de banho. Além destes documentos foi supostamente encontrada uma pasta com informação sobre a sua actividade empresarial, pasta essa que este nosso amigo já tinha alegado à investigação em curso não saber onde estava.
Isto para mim é tudo muito claro, a pasta foi lá colocada pela senhora da limpeza, que numa atitude de vingança por DL se recusar a sentar na sanita quando vai urinar (salpicando o altar sagrado) resolveu esconder-lhe essa espécie de diário onde este registava os negócios que ia fazendo. Os documentos relacionados com o BPN terem ido lá parar ainda é mais simples, DL tentou (na sua boa fé) mostrar a Vítor Constâncio (VC) algumas actividades que iam-se passando no banco e lhe pareciam suspeitas/estranhas, foi mais ou menos assim:
DL: É pá, quando é que passas a usar óculos que não tenham mais de 20 anos.
VC: Hã?
DL: Esquece.
VC: Esqueço o quê...?
DL: Estava a dizer que me esqueci de quando fazes anos.
VC: Olha, tem graça, agora também não me estou a lembrar, mas não te preocupes, eu não levo a mal.
DL: Tenho aqui dossiers sobre uns negócios lá do BPN, isto é tudo muito suspeito.
VC: Não te preocupes pá, estou de olho nesses gajos (disse ele piscando voluntariamente o olho), já lhes pedi que me enviem toda a informação.
DL: Ah bom. E o que é que eu faço com isto?
VC: Sei lá, olha, limpa o cu a isso (soltando uma gargalhada)
DL: Ok (suspirou e pensou para com os seus botões «mais uma para juntar ás outras, ou me dá uma caganeira vitalícia ou andarei a limpar o cu a pastas destas até ao fim dos meus dias.»). Bem, vou andando.
VC: Prazer em ver-te pá! Quando me lembrar do dia do meu aniversário digo-te, mas não te apoquentes com isso.
DL: Está bem está bem. Um abraço.
DL sempre me pareceu um homem triste, nem me lembro de o ver sorrir, mas é compreensível, o papel A4 é rijo que nem cornos e deve de aleijar cada vez que vai ao alívio, ainda por cima o stock não deve ser pequeno tornando-lhe a vida num suplício.
A moral da história é que ler na casa de banho afinal é um hábito que pode ajudar a resolver muitos casos em Portugal, se DL o fizesse podia ter ajudado logo nas investigações, assim, o pobre homem não sabia de nada, nunca lhe cheirou que estava tudo ali tão perto e a passar-lhe bem por debaixo do....bom, vocês sabem onde. Eu proponho uma equipa do CSI para recuperar a informação perdida, com calma, as nalgas deste sujeito devem dar informação suficiente até para descobrir o que sucedeu a El Rei D. Sebastião e em que dia de nevoeiro vai reaparecer.
(Deixo aqui um apelo a todos para que passem a ler mais, sobretudo na casa de banho, onde se podem encontrar verdadeiras pérolas)
Inté