A pergunta que se volta a fazer novamante com alguma insistência é «se deve ou não existir portagens à entrada das cidades?» assunto que divide corações, altera as marés, coloca gente sem dormir, provoca manifestações um pouco por todo o planeta e por outras galáxias também (andei a informar-me)...bom, talvez esteja a exagerar, apenas eu não tenho dormido muito bem e na verdade nem sei explicar porquê, espero que não seja devido a esta história das portagens.
Eu digo sim, sim, sim, sim às portagens, como se de um êxtase se tratasse, a minha verdadeira loucura é quando se começa a falar de portagens, mas só se for à entrada de uma cidade, à saída já não me diz muito. E digo sim porque se noutros países já se fez porque não se há-de fazer aqui, porque haveríamos de construir a nossa realidade apenas com o nosso engenho e arte se já existem outras cabeças pensantes a pensar nisso além fronteiras, deixemos o trabalho árduo para os outros e toca a colher a fruta já madura.
Em Londres por exemplo já se fez e parece que resultou, não sei no que resultou e se por acaso estiverem com a idéia de me explicar isso, esqueçam porque não estou interessado, estou mais numa de copiar tudo o que há em Loondres. Podiamos também trazer aquele tempo chuvoso e triste de lá, para a nossa capital por exemplo, até estou a pensar num slogan bem adequado «venha a Lisboa e sinta-se em Londres, mas muito mais barato».
Eu compreendo a iniciativa, ou melhor, a intenção da mesma, objectivo é melhorar a qualidade de vida dentro das grandes cidades, melhor qualidade do ar, melhor acessibilidade, etc. e por falar nisso e ainda a pensar em Londres onde a acessibilidade para as pessoas com a mobilidade reduzida é uma realidade que nos deixa a anos luz, tenho a certeza que por cá também já estão a pensar nisso, ainda não mencionaram porque querem fazer uma surpresa...xiu! é surpresa.
Estamos cada vez mais próximos do modelo britânico e a prova disso é que o Boavista (e claro que não é por não ter dinheiro) anunciou que vai pagar mais meio mês de salário, falta pouco para lá chegarmos, por terras de sua majestade pagam à semana. Acima de tudo não quero que fiquem com a sensação errada, estas medidas visam mesmo melhorar a nossa qualidade de vida e não é só uma forma de nos arrancar mais uns cobres para encher os cofres do estado.
Se a malta não vai a bem vai a mal, pagando, e se não chegar façam leis para multar, e se não chegar prendam toda a gente...mas antes tentem ir lá na base da porrada e então se não der, prendam-nas. Façam tudo menos criar infraestruturas e educar ou sensibilizar as pessoas a adoptarem hábitos mais amigos da qualidade de vida.
Inté