Avózinha (Sim, com acento...)

Setembro 02 2010

Se há duas profissões que tentam obter um estatuto de respeitabilidade e não conseguem, é a de Político e de Prostituta, sem fazer distinção de sexos como possa parecer nas minhas palavras. Não estou com isto a querer misturar os ofícios porque quem vai ás putas, que é maneira mais correcta de se dizer, a troco de dinheiro sempre recebe algum prazer de volta...e só lá vai quem quer, já os políticos temos de os gramar, levam-nos o dinheiro, lixam-nos (com f) e prazer nem vê-lo...pelo menos eu nunca senti.

 

Isto para vos falar de Gabriela Leite uma Ex-prostituta de 58 anos candidata a deputada federal no Rio de Janeiro pelo Partido Verde (PV) que no seu slogan usa o título com toda a propriedade «Uma puta deputada». Gabriela, que terá passado a ser Leite não por descendência ou casamento mas por inerência à profissão, os seus clientes, por consideração, tinham sempre a amabilidade de a avisar «Gabriela! Leite!» e assim ficou, tem sido uma activista e defensora dos direitos das prostitutas sendo fundadora da ONG Davida – (dedicada à prevenção da Sida e à defesa das ex-colegas). Agora quer ser Deputada, na prática não muda muito, o puta já lá está, basta acrescentar o “De” no início e o “da” no fim.

 

A classe dos políticos já manifestou alguma preocupação pois alguém com tanta experiência efectiva poderá fazer-lhes forte concorrência e fazê-los passar por pouco competentes. O resto das putas no activo já fizeram constar a ameaça sobre a sua vida se esta insistir na sua demanda, segundo estas, temem o desemprego, é que vistas as coisas se a ex-colega for eleita ficará com um vasto mercado à sua disposição podendo atender uma data deles de uma vez. A discussão está ao rubro, se uns dizem que não é justo porque se ela se reformou, não tinha nada de voltar ao activo estando a retirar a oportunidade a outros, outros queixam-se da perda de exclusividade que usufruíam com ela, se ela ganhar.

 

A prova que velhos são os trapos está aí, a malta mais sénior depois de se reformar pode perfeitamente continuar em actividade, usando a sabedoria e experiência acumulada ao longo dos anos em prol de alguma coisa. O Avózinha não podia terminar sem deixar aqui algumas sugestões para slogans que podem ser usados (não cobro direitos) na campanha até dia 3 de Outubro data do sufrágio.

 

(ler com sotaque pois claro)
«Vote em mim, eu não sou a mãe deles»
«Vote em mim, uso mas não abuso de você»
«Comigo obra que começa, tem de terminar»
«Comigo você sabe o que paga»
«Vote em mim, pelo menos sou puta que já conhece»
«Comigo rua será que nem puta, sempre limpa pra podê usar»

«Vote em mim, acredite na puta da política»

 

(nunca tinha escrito tantas vezes a palavra puta, ups!...mais uma)

 

(Fonte: tvi24.iol.pt)

 

Inté


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