Avózinha (Sim, com acento...)

Setembro 03 2011

PPP, em Portugal significa Parcerias Público-Privadas, em Bonn, na Alemanha, quer dizer (já com a tradução pois claro) Parquímetros Para Prostitutas, Putas vá, e não pareça mal a ninguém, porque se a minha profissão fosse essa, eu queria ser orgulhosamente chamado de Puta. Chamar Prostituta é (na minha opinião) altamente discriminatório, assim como “vendedoras de sexo” me parece pouco dignificante, já para não falar no aspecto prático de usar o nome certo. Imaginem estes cenários e depois digam se tenho razão:

 

Cenário 1
Alguém: Onde vais?
Avózinha: Às vendedoras do sexo...
Alguém: Vais onde?
Avózinha: É pá, vou comprar sexo!
Alguém: Comprar sexo...?
Avózinha: Ás prostitutas!
Alguém: Hein!?
Avózinha: Sim, vou ás PUTAS!!
Alguém: Aaahhh! Já podias ter dito.

 

Cenário 2
Alguém: Onde vais?
Avózinha: Ás PUTAS!!

 

Além de ser mais simples, «Puta» soa muito melhor, sendo assim o mais apropriado, escrevo pois este texto na esperança de que na EMEL (ou similar) não se lembrem desta ideia de «nuestros germanos» (que grande trocadilho). Enfim, em Bonn, as Putas, com ou sem clientela saem sempre lixadas...com «F» pois claro, num só dia podem não ganhar para pagar o parquímetro que é uma espécie de chulo n.º2.

 

Está visto então, que não só os Alemães já mandam no nosso cantinho, como andam a copiar alguns modelos empresariais. As nossas Parcerias Público-Privadas são um exemplo transposto na exacta medida, apenas muda o core business, porque de resto, por cá é tudo igual, as Putas já toda gente sabe quem é e são sempre as mesmas a pagar...os chulos também sabemos quem são e que saem sempre a ganhar, mas como Putas que somos não nos conseguimos livrar deles.

 

(Fonte: tvi24.iol.pt)

 

Inté

publicado por Avózinha às 20:18

Setembro 02 2010

Se há duas profissões que tentam obter um estatuto de respeitabilidade e não conseguem, é a de Político e de Prostituta, sem fazer distinção de sexos como possa parecer nas minhas palavras. Não estou com isto a querer misturar os ofícios porque quem vai ás putas, que é maneira mais correcta de se dizer, a troco de dinheiro sempre recebe algum prazer de volta...e só lá vai quem quer, já os políticos temos de os gramar, levam-nos o dinheiro, lixam-nos (com f) e prazer nem vê-lo...pelo menos eu nunca senti.

 

Isto para vos falar de Gabriela Leite uma Ex-prostituta de 58 anos candidata a deputada federal no Rio de Janeiro pelo Partido Verde (PV) que no seu slogan usa o título com toda a propriedade «Uma puta deputada». Gabriela, que terá passado a ser Leite não por descendência ou casamento mas por inerência à profissão, os seus clientes, por consideração, tinham sempre a amabilidade de a avisar «Gabriela! Leite!» e assim ficou, tem sido uma activista e defensora dos direitos das prostitutas sendo fundadora da ONG Davida – (dedicada à prevenção da Sida e à defesa das ex-colegas). Agora quer ser Deputada, na prática não muda muito, o puta já lá está, basta acrescentar o “De” no início e o “da” no fim.

 

A classe dos políticos já manifestou alguma preocupação pois alguém com tanta experiência efectiva poderá fazer-lhes forte concorrência e fazê-los passar por pouco competentes. O resto das putas no activo já fizeram constar a ameaça sobre a sua vida se esta insistir na sua demanda, segundo estas, temem o desemprego, é que vistas as coisas se a ex-colega for eleita ficará com um vasto mercado à sua disposição podendo atender uma data deles de uma vez. A discussão está ao rubro, se uns dizem que não é justo porque se ela se reformou, não tinha nada de voltar ao activo estando a retirar a oportunidade a outros, outros queixam-se da perda de exclusividade que usufruíam com ela, se ela ganhar.

 

A prova que velhos são os trapos está aí, a malta mais sénior depois de se reformar pode perfeitamente continuar em actividade, usando a sabedoria e experiência acumulada ao longo dos anos em prol de alguma coisa. O Avózinha não podia terminar sem deixar aqui algumas sugestões para slogans que podem ser usados (não cobro direitos) na campanha até dia 3 de Outubro data do sufrágio.

 

(ler com sotaque pois claro)
«Vote em mim, eu não sou a mãe deles»
«Vote em mim, uso mas não abuso de você»
«Comigo obra que começa, tem de terminar»
«Comigo você sabe o que paga»
«Vote em mim, pelo menos sou puta que já conhece»
«Comigo rua será que nem puta, sempre limpa pra podê usar»

«Vote em mim, acredite na puta da política»

 

(nunca tinha escrito tantas vezes a palavra puta, ups!...mais uma)

 

(Fonte: tvi24.iol.pt)

 

Inté


Maio 26 2009

O Sindicato das Carreiras de Investigação e Fiscalização do SEF além de ter um nome que parece nunca mais acabar (maior só talvez o do filhos do D. Duarte, Duque de Bragança) tem ideias geniais e que só pecam por estar mal aproveitadas, ou melhor, desaproveitadas mesmo. No congresso que se realizou em Bragança, lá para tratarem da vidinha deles, entre outras coisas afirmaram acerca do negócio das casas de alterne que «Num só ano, os impostos não liquidados, que não passam pelos crivos do Estado, davam para pagar a auto-estrada entre Amarante e Bragança».

 

Dizem eles que o estado devia regulamentar esta actividade empresarial que gera receitas na ordem dos 700 milhões de euros, e dizem muito bem. Pessoalmente acho a ideia genial, e como sempre até vou mais longe, construíam-se as auto-estradas e além das habituais estações de serviço teríamos as estações «para o serviço» (vulgo, casa de putas), e mais, da mesma forma que é obrigatório afixar os preços do combustível, haveria também os indispensáveis painéis a informar das diferentes cotações e assim cada utilizador da via rápida poderia decidir qual o melhor sítio onde parar.

 

«Ateste o depósito da sua viatura e ganhe um vale desconto na Bicolândia mais próxima»

 

Só vejo vantagens, pois a exploração passaria a ser financiada pelo negócio do alternanço.  Deixaríamos então de necessitar de portagens, numa espécie de inversão de papeis, visto passarmos da posição de sermos chulados para a de chulos, ou seja, na prática em vez de entregarmos às concessionárias a exploração das estradas (como fazemos hoje em dia) estas apenas seriam pagas para fazer a sua manutenção, tudo com dinheiro ganho com muito suor...e outras coisas mais.

 

Estou até em crer que iríamos assistir a uma diminuição da sinistralidade rodoviária no sentido em que estou convicto que haveria menos gente a efectuar viagens sem as aconselháveis paragens para descontracção, além disso, tenho a certeza que certos estilos de condução agressivos iriam também diminuir. Um verdadeiro mundo de vantagens descoberto pelo sindicato, mas como de costume, os governos não querem saber o que dizem os sindicatos.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:28

Fevereiro 01 2009

Passamos muito tempo da nossa vida a queixarmo-nos e na verdade nem tudo é mau, e eu que o diga que sou um felizardo por receber poesia (da boa) por e-mail, mesmo sem ter solicitado. E não estou a falar daqueles mails que recebemos com slides cheios de bonitas paisagens/fotos e frases eloquentes, falo-vos de...bem, palavras para quê, vejam com os vossos olhinhos:

 

«Só nós temos portuguesas loucas que chupam pénis e praticam sexo até ao estado exaustivo. Suas gargantas e traseiras gemem como carroças rangentes nas ruas de Lisboa. Putas matriculadas e moças inocentes, alunas e professoras. Temos tudo para a alma.»

 

Em pouco tempo é a segunda vez que o tema “Putedo” é aqui tratado, e diga-se que já deu para perceber que esta actividade requer requinte e status cultural, senão vejam bem a qualidade da escrita que transcrevi. O que ainda não percebi é porque raio o filtro da aplicação que recebe e gere os meus e-mails trata disto como se fosse “Junk E-mail”, ai não fosse a minha perpicácia e esta pérola tinha se perdido sem que eu nunca tivesse conhecimento.

 

Reparem como é lindo estar com uma mulher e imaginar o gemido de uma carroça nas ruas de Lisboa, sim mas só mesmo na capital, em qualquer outra cidade ou local a beleza do momento não estaria bem retratada. E depois a carroça rangente em todo os seu esplendor, na verdade nunca uma mulher me tinha feito lembrar tal cena, mas quem sabe um dia terei essa sorte. Se ainda não estão convencidos de que é mesmo poesia tentem ler como se a declamar estivessem:

 

«Só nós temos portuguesas
Loucas
que chupam pénis
e praticam sexo até ao estado exaustivo
Suas gargantas e traseiras
gemem como carroças rangentes
nas ruas de Lisboa
Putas matriculadas
e moças inocentes
alunas
e professoras
Temos tudo para a alma.»

 

Não há que ter receio, elas são matrículadas (seja lá o que isso significa), são portuguesas inocentes, alunas ou professoras, tratam-nos da alma, além de que as carroças não poluem, são amigas do ambiente. A internet é isto mesmo, há de tudo um pouco, nós só temos de usar um filtro para usufruirmos do que tem mesmo interesse.

 

Inté


Janeiro 19 2009

Que me perdoem o vocabulário, mas entre alguma irritação e algum espanto sempre julguei que ir ás putas (julgo que ser a única forma elegante de dizer que vamos pagar os serviços sexuais de uma profissional) era como ir ás compras, bastaria ter dinheiro ou ter crédito. Ao passar pelos classificados de um jornal fiquei elucidado, e na verdade não é bem assim, trata-se de um meio altamente discriminatório e não é para qualquer um.

 

Após leitura atenta à secção dos anúncios “RELAX” fiquei tentado a experimentar, será que abrem uma excepção para uma besta como eu!? É que entre outros requísitos parece que só aceitam «homens educados de alto nível» ou «apartamento de luxo a cavalheiro de nível», li coisas como «uma classe à parte», «máxima descrição e requinte», «culta e discreta», «convívio de nível» ora se isto não dá vontade de lá ir...mais nada dá.

 

Houve no entanto algumas descrições repetidas que me intrigaram, «completa» ou «completíssima»...como assim? Será no sentido de ter peças a mais na carroçaria e um gajo vai lá e encontra uma chave inglesa “perdida”, ou será para descansar a clientela especificando que não lhe falta nada, tipo garantir que não lhe falta um bracinho, uma perninha ou sabe-se lá o quê.

 

Realmente falta-me nível e não sou muito culto, na verdade nunca tive um estímulo que me fizesse procurar valores mais altos, mas uma página de jornal mudou isso tudo. Deve ser por isso que dizem que ler enriquece o espírito.

 

Inté


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