Durante o ano de 2008 até Novembro foram detectadas pelo Ministério do Trabalho e da Solidariedade Social mais de 83 mil baixas fraudulentas, de 2004 para cá o número triplicou e ainda falta apurar o mês de Dezembro. Resta saber se temos o triplo porque a fiscalização é agora mais eficiente ou se a quantidade de trafulhas se está a multiplicar.
Independentemente de ainda poderem ser mais as fraudes, pois estas são as que são detectadas, este número é por si só impressionante e faz-me pensar que na verdade muito bem vai navegando este barco, tantos são os buracos no casco. Acho “extraordinário” este tipo de mentalidade que leva esta gente a ter esta péssima conduta, os políticos que se cuidem pois há muito potencial candidato que lhes pode fazer concorrência na falta de carácter...resta saber quem andou/anda a aprender com quem.
Eu também sou um individuo muito mal formado e ainda um dia destes pus-me a magicar uma dessas fraudes imaginando o que (com a pouca sorte que tenho) aconteria, o filme seria mais ou menos assim:
«Simulei que parti uma perna e estou de baixa em casa curtindo o que de bom a vida pode ter para nos oferecer, “aaaaaaah il doce fare niente”, ocupadíssimo nessa tarefa toca a campainha. Vou “ver” quem será e pelo intercomunicador uma voz responde que é um repesentante dos Serviços de Verificação de Incapacidades Temporárias do Instituto de Segurança Social, fico apavorado mas num lance de inteligência (que aliás é característico em mim) imediatamente tenho a genial ideia de quebrar voluntáriamente a perna e assim enganar o elemento pidesco. Com esforço e óbvio esgar de dor alcanço a porta que abro com alguma dificuldade quando inesperadamente oiço gritar do outro lado...”SURPRESA!”. Eram alguns amigos meus também de baixa indevida, sem nada para fazer e como até estavamos no Carnaval decidiram pregar-me uma partida.»
Não faço ideia o que acontece a quem é apanhado, quando e como são detectadas estas situações, se há médicos a ajudar ao festim (são engandos as well?) e se também lhes são inputadas responsabilidades. Eu a bem da minha integridade física não me meto em trabalhos, mas não é com receio de ninguém é com medo do que possa infligir a mim mesmo, só por isso.
Inté