Enquanto ando numa de repensar o Avózinha (a preguiça do verão assim obriga) para um espaço menos trabalhoso, talvez ao estilo de Manuela Ferreira Leite, onde os textos teriam um título com o assunto e seriam seguidos de um «Não comento.» ou nem isso, dou comigo a pensar no aquecimento global. Isto porque, já que penso na melhor forma de rentabilizar e desfrutar do meu tempo, aproveito para analisar onde posso diminuir os gastos em casa, não só pelo dinheiro mas também numa perspectiva de respeito pelos preciosos recursos que a sociedade vai consumindo.
É sempre possível fazer mais do que já estamos a empreender, mesmo quando achamos que até somos bem comportados, e nem precisamos de deixar de tomar banho. Cá em casa faz-se reciclagem, tenta-se reduzir o desperdício de água e fazer alguns reaproveitamentos, procura-se (as ás vezes difíceis de encontrar, pelo menos de alguns tipos) lâmpadas economizadoras, apagar os leds de presença dos aparelhos e ter electrodomésticos com o menor consumo possível.
A tarefa mais difícil é fazer toda a gente alinhar nos bons hábitos, sabe-se lá porquê, e ás vezes os mais novos são os mais difíceis de entrar na linha. Assim, o papel de sargento é meu, uma espécie de consciência sempre na sombra do prevaricador, aplicando imediatamente algumas chibatadas...tantas consoante a gravidade do crime. Sugestões como:
- «Se ninguém está na sala porque estão a luz e a televisão ligadas (?) os fantasmas cá de casa não gostam nem de uma coisa nem outra.»
- «A luz da casa de banho ficou ligada, deixas-te lá algum submarino com medo do escuro?»
- «Para quê tanta luz ligada, estás fingir que estás num farol.»
São alguns exemplos demonstrativos de como todos me adoram cá em casa, mas o que posso fazer, sempre fui um coração de manteiga.
Com a crise económica os governantes de vários países têm posto o assunto na agenda, fala-se em energias renováveis, em carros mais amigos do ambiente, em edifícios auto-suficientes, auto-sustentabilidade, etc., mas alguns estudiosos afirmam que já ultrapassamos o ponto de não retorno no que diz respeito ao fenómeno do aquecimento global . Com ou sem El Niño vale a pena mudarmos os nossos hábitos para melhor, tenho é receio que com a velocidade que ele vai, se de repente a poluição diminuí drasticamente o Niño se desoriente ou despiste com a travagem, de uma coisa não tenho dúvidas...vai haver (já há) estrago...e do grande.
(aquilo das chibatadas era a brincar, claro que não, até porque...surpreendentemente alguém poderia gostar)
Inté