Avózinha (Sim, com acento...)

Outubro 03 2010

Se desde que iniciei a minha vida escolar me tenho preocupado em escrever bom português, ou pelo menos aceitável, imaginem o que tem sido o efeito do(s) acordo(s) ortográfico(s) na minha pessoa...simplesmente acho que nunca lá chegarei, só me apetece é chorar, se os Avózinhas chorassem era isso que faria desalmadamente. Bem sei que tentar não é conseguir, mas enfim, tenho essa mania/persistência de achar que empreender é um bom princípio de vida que nos deve acompanhar...bem como saber quando desistir.

 

A minha professora primária foi a única mulher (sem contar com a minha mãe) que  me bateu, apesar, continuei a gostar dela, não sou assim tão velho mas, outros tempos, e foi precisamente por erros de ortografia no ditado. Nada de grave e sucedeu apenas por uma vez, levei umas reguadas na mão e pronto, passou, as perturbações de que sofro não têm nada que ver com esse episódio. Atenção, que quando disse que gosto da minha professora primária não estava a ironizar, é mesmo verdade, estou-lhe grato.

 

O título de uma notícia, que ressalvava «Este texto foi escrito ao abrigo do novo Acordo Ortográfico», anunciava o seguinte «espetadores do novo filme de Danny Boyle desmaiam em pleno visionamento» e foi a minha inspiração para hoje. Uma vontade louca de escrever e narrar o evento toma conta de mim, agarro na pena e...rapidamente a ponho de parte, as teclas cedem melhor à pressão dos dedos do que à da pena, nunca mais era Sábado:

 

«O evento era ansiado por uma sala cheia de espetadores ávidos por sensações e curiosos pelo que se iria suceder, logo logo a sala fica escura, apenas alguma luz toma conta do espaço e começa. Durante o alarde há espetadores mais sensíveis que não conseguem aguentar até ao fim, alguns acabam por perder os sentidos, não tanto pela duração mas mais pela intensidade do que acabam de experienciar. O momento alto terá sido quando protagonista ao ficar com o membro entalado, em desespero, terá decidido cortá-lo a sangue frio, e aí, por muito que se seja um espetador experiente, não há espetador que aguente.»

 

Para quem acha que o português de Portugal é uma língua sem graça, experimente ler o parágrafo anterior em português com sotaque brasileiro e verá que é como dizem na publicidade «não era a mesma coisa». Com ou sem (des)acordo ortográfico sinto-me um mero espetador no meio deste filme todo, com tanta ralação (gosto muito desta palavra) que já me ocupa o espírito ainda vêem confundir este pobre viajante do universo com estas coisas...oxalá durante a viajem nunca fique com nenhum membro entalado e muito menos que o tenha de cortar.

 

(Fonte: lux.iol.pt)

 

Inté


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