Avózinha (Sim, com acento...)

Outubro 25 2009

Bom, já só falta o Avózinha se pronunciar acerca das últimas declarações de Saramago, o salvador da Maitê Proença, visto se não fosse ele ainda estavam a bater na «pobre» mulher, de resto já toda a gente opinou. Opinou gente com opiniões interessantes, outros nem por  isso e agora pois claro só falto eu, que devo andar algures entre as duas coisas ou, coisa nenhuma. Mas como sempre, é a minha opinião e eu dou-a porque ninguém a quer comprar...chamem-me vendido, é a falta de dinheiro, a crise toca a todos.

Dito isto, que foi nada, vou já avançar para o óbvio, que é apontar a razão de toda esta celeuma, o GOVERNO, ou melhor, a falta dele. Durante estes tempos amargos para o jornalismo de informação pós eleições legislativas, enquanto o Engº escolhe e não escolhe a sua equipa ministerial, os profissionais da informação têm imensa dificuldade em arranjar notícia, isto porque ela não lhe cai no colo e ir à procura da informação é coisa que eles não estão habituados.

Se ao menos fosse Verão sempre haveria alguma coisa a arder, nem sequer Inverno é para umas intempéries com rasto de destruição, nada, malditas eleições marcadas para esta estação do ano. Então veio Saramago e impediu os jornalistas de se salvarem do Síndroma da/do Assistente Social Portuguesa, para quem não sabe, é estar atrás de uma secretária e esperar tomar conhecimento da situação (ou que algo aconteça) não saindo de lá, andar no terreno é coisa de militares.

O nosso Nobel da Literatura disse aquilo que já todos sabem que ele pensa faz muito tempo, agora o que ele devia ter feito era o mesmo de Sócrates, que anunciou a sua equipa de governação à hora em que estava a dar o Benfica, evitando dessa forma um excesso de atenções sobre o assunto. Saramago é deveras um homem inteligente mas, não pensa em tudo, achou ele que iria voltar a proferir aquele género de afirmações como em outra ocasiões e que «ninguém» iria dar importância...mau timming, foi tudo uma questão de timming.

Esta onda de indignação faz lembrar um pouco os radicais islâmicos que colocam este tipo de individualidades em listas de alvos a abater só porque fazem umas caricaturas ou escrevem algo contra as suas crenças. Bem sei que nós não ameaçamos ninguém de morte, mas não o fizemos porque não é essa a nossa cultura e modo de pensar, no entanto agimos de forma igual, ou seja hostil. Chamar  fdp a Deus (ou a quem quer que seja) não é bonito, mas vamos supor que:

(1)    Deus não existe: Então não há problema, ninguém será fdp.
(2)    Deus existe: Deus perdoaria a injúria e até daria a outra face, afinal mesmo Saramago não querendo, também seria um filho de Deus.

Fui o mais breve possível e mesmo assim, como vêm, em qualquer dos cenários não existe problema algum.

Relaxem, vai tudo voltar ao normal...ok, normal não será a palavra adequada ao nosso Portugal mas refiro-me à nossa normalidade, já haverá Governo e Oposição com as trapalhadas do costume, os professores, os sindicatos, o tuga, umas chuvadas fortes, o futebol, enfim, o habitual molho de brócolos. Saramago continuará igual a si próprio, livre pensador, sendo e pensando aquilo que quer...porque não haveria de poder!?

Inté


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