À data que vos escrevo estas palavras é dia de eleições legislativas, aliás, fim de dia, porque os resultados já estão quase todos apurados e já se sabe mais ou menos o que nos espera...ou não. Como sempre, fui fazer a cruzinha no boletim de voto e bem ou mal lá deixei o meu contributo, pelo que já perceberam não foi em branco, porque se fui fazer uma cruzinha...ou então estou a enrolar-vos com conversa.
Aqui o Avózinha não faz campanha para ninguém como puderam constatar, foi com alguma dificuldade que me abstive de falar de coisas que se pudessem relacionar com política. Não é por nada mas não queria que os milhões que visitam este espaço fossem de alguma forma aliciados pelos meus devaneios e assim ter influência no desfecho das eleições. Foi uma espécie de Ramadão político ao qual tive de me aguentar, e acreditem que não é nada fácil, porque se à gente que se está sempre a pôr a jeito para um «gajo» dizer mal, são os políticos/governantes.
Mas adiante, saio da mesa de voto e à porta sou interpelado por um elemento da rtp, não de reportagem mas de sondagens à boca das urnas, que me solicitou que colabora-se, enfim, pedi desculpa e lá segui porque estava com pressa. Como é obvio fiquei a pensar no assunto e já circulando em plena auto-estrada decidi fazer a sondagem à minha maneira, o «problema» foi imaginar um método que encaixa-se nos parcos recursos à minha disposição.
Foi então que uma luz se fez, ao passar por uma sinalização que adverte os automobilistas para circular pela direita («já sei!») decidi como iria completar a tarefa a que me propus, tentando perceber se a maior parte circulava pela direita ou esquerda concluiria quem ganharia as eleições. Ora lá vão uns quantos pela direita, ora outros tantos pela esquerda, e....«com mil raios!» a grande maioria circula pelo meio, caramba, esta gente está mesmo como eu, não estão para revelar qual a sua intenção de voto.
Talvez fosse castigo pela minha indisponibilidade para colaborar, embora eu não esteja lá muito convencido com esta tese, estou mais em crer que é sim indisponibilidade dos condutores para colaborar com as regras de trânsito e boas práticas ao volante. Enfim, lá me lixaram mais uma ideia brilhante e deste modo tive de esperar pelas projecções na hora dos principais canais de televisão que cobriram as eleições. Mas aqui só para nós, que os políticos/governantes não nos estão a ouvir...se não se consegue convencer esta gente a cumprir uma regra simples em prol de uma maior segurança de todos na estrada, governar-nos não deve ser tarefa fácil, ai não não.
Inté