Avózinha (Sim, com acento...)

Abril 29 2009

A Democracia não decepciona as pessoas as pessoas é que decepcionam a Democracia.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:53

Abril 28 2009

Em cada esquadra da PSP existe (ao que parece) objectivos a atingir quanto ao número de detenções a efectuar por ano, o que para mim não constitui surpresa (ou sim). Já se sabe como é o verdadeiro Tuga, se se coloca um objectivo ele chega lá e pronto, não é preciso mais, se não se coloca ele vai deixando-se andar, um grande dilema.

 

Esta directiva coloca um problema de competitividade entre esquadras, claramente as que se situem em zonas mais problemáticas saem favorecidas, é muito mais fácil pescar onde o peixe abunda. De modo a garantir igualdade de mercado sugiro acções de formação e promoção à bandidagem nos locais mais pacíficos e dessa forma permitir aferir quem na verdade sabe ou não apanhar meliantes, pôr os agentes em condições de igualdade na competição.

 

Depois, espero bem que o mesmo indivíduo detido várias vezes apenas conte uma vez, pois à velocidade a que são soltos ainda está o agente a preencher a papelada e já está o bandido pronto para outra. Eu compreendo, é que aguardar julgamento pode se tornar fastidioso e depois os processos demoram tanto tempo que uma pessoa tem que se entreter com alguma coisa. E como não sabem fazer mais nada...

 

Com isto também estou a ver a actividade de fora da lei passar a ser mais itenerante, onde os visados passem a estar mais atentos a onde as quotas de detenções já tiverem sido atingidas e assim a pressão sobre o crime ser menor. Por outro lado, outros, vão querer andar em zonas de quotas mais baixas...prevê-se vida difícil para os bandidos, já não bastava os pobres coitados terem de andar a fugir à polícia.

 

Proponho uma espécie de Bolsa do Crime, ao jeito da Bolsa de Carbono onde è possível negociar e trocar participações para as emissões desse gás, assim, entre esquadras seria aceite negociar quotas de detenções excedentárias ou o inverso. Por estas e por outras é que não quero ser polícia nem ladrão, é uma actividade muito confusa e exigente.

 

Ufa! Estou exausto.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:36

Abril 28 2009

«A Comissão Europeia quer que as actividades ilegais também contem no apuramento do produto interno bruto.»
Se a Comissão quer quem somos nós para contrariar, longe de nós essa ideia estúpida, se é para contabilizar falcatruas, vamos a isso, mão à obra, aliás não poderiam vir bater a porta mais certa e nem em hora melhor. Numa altura de crise como esta e com o nosso défice crónico das contas do estado, é ouro sobre azul vir alguém dizer para contabilizar dinheiros não importa a proveniência.

 

Só agora entendo visionários como Isaltinos e Fátinhas (entre outros, é só um exemplo) que ao desenvolverem economias paralelas estavam a contribuir fortemente para o desenvolvimento do país e consolidação orçamental. O próprio Tuga que está sempre à espreita de se baldar ao IVA, dispensando a facturinha sempre que possível não tem feito mais do que ajudar o crescimento do PIB.

 

Mas calma que não é para já, no entanto, daqui a uns anos negócios como prostituição ilegal, sacos azuis e de outras cores, tráfico de droga, jogo clandestino, contrabando ou outra qualquer actividade ilícita podem passar a contar como riqueza. Se é verdade que esta medida vai tirar algum gozo a este tipo de actividades, não é menos verdade que também vem moralizar um pouco as hostes de quem vive nas entrelinhas do orçamento de estado.

 

Quem ajudou bastante nesta ideia foram os Gregos e as Gregas (hum...hum...Gregos?? Sócrates era Grego não era? Nós também temos um, será que está metido nisto? Bem, adiante...) quando em 2006 e na eventualidade de sofrer sanções, a Grécia a contas com um défice excessivo decidiu refazer as contas incluindo todo o tipo de negócio (mesmo ilegais, mas é só um pormenor) o resultado foi tão só uma subida de 25% do PIB .O Eurostat deu o OK a esta prática.

 

Nunca pensei que fossemos tão parecidos com os Gregos, ou eles parecidos connosco, na habilidade e imaginação, mas tenho em mim uma fé inabalável que os conseguimos superar, vamos aproveitar este período de transição enquanto a medida não entra em vigor e começar a arranjar despesas “criativas” (vale tudo) e quando o grande dia chegar vamos pulverizar esses míseros 25%. Por esta altura já devemos estar nos 24,99% portanto falta muito pouco. Heróis do mar, nobre Povo, Nação valente, imortal...tá tá rá tá tá!!

 

Inté

publicado por Avózinha às 00:30

Abril 26 2009

Como tenho andado a comer com 3, 4 aerius por dia pois assim manda a cartilha dos nutricionistas sinto-me muito bem, quase já nem tenho força para o dia a dia nem imaginação para alimentar o esfomeado avózinha, mas sinto uma paz interior e uma vontade de fechar os olhos e dormir. Tenho poupado também muito em água pois as idas ao WC deixaram de ser uma realidade, falta de matéria prima. Como podem calcular este estado em que me encontro não pode augurar coisa boa mas como o nível aqui é sempre muito baixo, não corro riscos.

 

«Onde estavas tu no 25 de Abril de 74?» é a pergunta que por cá se costuma colocar nesta altura, mas se a questão for colocada para o presente ano alguns responderão «estive algures na Suiça, num castelo». Algures na Suiça podia ser o início de uma reportagem feita por Artur Albarran, mas este anda ocupado com outras coisas, e o assunto aqui é ORGIA, pois é meus caros, leram bem, por lá não se fazem só chocolates e relógios, também se organizam orgias de luxo...mas a pagar meus caros, ou não “estivéssemos” na Suiça.

 

Algo ao estilo do filme «Eyes wide shut» de Stanley Kubrik, mas sem Tom Cruise nem Nicole Kidman (felizmente para os convivas). As inscrições eram possíveis na internet em www.castleevents.com e cada casal pagou 450 aerius para estar no evento, mas a coisa foi feita com requinte e não se pense que foi só trungalhunguice, o programa de festas anunciava sexo, música com concertos de violoncelo ou com um DJ de serviço, tudo servido num ambiente de luxo e erotismo onde com apenas 80 aerius podia se desfrutar de um copo de champanhe, e por cada 80 mais, novo copo.

 

Pagando havia direito a tudo e mais outro tanto, mas a indumentária não permitia nem látex, nem cabedal ou acessórios metálicos, ordinarices sim mas roupa ordinária não, homens de fato ou smoking e elas só de vestido e nada de tons folclóricos porque era uma orgia e não uma festa de carnaval.

 

Enfim esta malta sabe se divertir com estilo, não sabem é escolher a data, eu era para ter ido não fosse ter calhado no dia em que foi. Fiquei por cá a nas comemorações alusivas à revolução dos cravos, que sem mim não se teriam feito, mas confesso que me lembro mais do 25 de Abril em dia de eleições pois essa foi uma das suas (nossas) principais conquistas...nesse dia nunca falto porque democracia não tem culpa dos políticos que temos e nós também fazemos parte dela.

 

(Não fui à Suiça mas devia ter ido, o mais acertado teria sido fazer do dia 25 de Abril uma orgia, e do resto do ano o 25 de Abril.)

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:35

Abril 23 2009

Há que procurar sempre a verdade, a menos que não se tenha estofo para lidar com ela.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:24

Abril 22 2009

Mário, onde estavas tu quando eu era puto? Desculpa estar a tratar-te por tu mas acho que não te irias importar, pela forma desinibida  como falas na entrevista vê-se que és alguém descontraído e que aprecia abordagens informais, além disso sendo eu um individuo adulto mas com uma mentalidade de criança e tu um pediatra de corpo inteiro de certo vamo-nos entender. Peço desculpa aos Avózinhas presentes, esqueci de fazer as apresentações, Mário Cordeiro é pediatra e escreveu um livro que se intitula «O Grande Livro do Adolescente».

 

Ainda não li o livro e não arrisco ler enquanto não souber se tem figurinhas a ocupar páginas inteiras, é que se for só texto não faz o meu estilo.  A julgar pelas tuas palavras (continuo a tratar-te por tu) a obra agora editada será de grande importância e conteúdo mas está décadas atrasada, quando eu mais precisava estavas provavelmente ocupado com outras coisas também interessantes mas que em nada me ajudaram a ultrapassar a irreverência da juventude.

 

Lembro-me de uma vez (faz mais ou menos 100 anos agora) a minha mãe me ter levado a um pediatra que me mostrou umas figuras que eu deveria descrever, na altura esse teu colega disse à minha mãe que eu era uma criança normal, e até hoje tenho me esforçado bastante por me comportar como uma, não tem sido fácil mas tenho conseguido, por vezes ainda oiço me dizerem «com essa idade e estás a comportar-te com uma criança» o que me deixa bastante feliz.

 

Quando vi a tua entrevista senti como se nos conhecesse-mos, ou pelo menos senti que tivesse usufruído do teu acompanhamento em muitas consultas. Afirmações tuas como «Os adolescentes não são irresponsáveis» assentam-me que nem uma luva, e tantas vezes eu tentei explicar isso à minha mãe, especialmente quando ela não compreendia algumas das minhas acções e me castigava...já nessa altura eu bem lhe dizia que não era caso para merecer castigo.

 

Além de vires tarde talvez desse mais jeito direccionares os teus ensinamentos para os pais de hoje, é que se queres ajudar os putos o melhor é começar por cima. As casas não se começam pelo telhado, e como dizes e muito bem «Os pais não podem ser coleguinhas dos filhos. Os pais têm de ser pais. E muitas das provocações dos adolescentes servem para saber se podem contar com pais ou se só têm ali monos.» eu ainda bem verde fartei-me de provocar, fiz bem o meu papel.

 

Para mim não tens perdão, vens tarde, muito tarde quando afirmas que o actual cenário da juventude «Não é nada negro, pelo contrário. Os adolescentes defendem as grandes causas. Estão na fase de experimentar o menu da vida, mas não foram eles que o criaram» mas mais vale tarde do que nunca, e julgo que por ter sido incompreendido estes anos todos vou me desforrar agora. Pode vir o menu da vida e a carta dos vinhos a acompanhar sff.

 

Inté


Abril 21 2009

A moda agora bem poderia ser «andarem a chamar estúpidos à malta» mas isso não é moda, já é costume, portanto, e recomeçando, a moda agora é fazerem crer aos estúpidos (nós) que com «Três ou quatro euros por dia são quanto basta para seis refeições equilibradas» durante o dia. Quem o diz é a Associação Portuguesa de Nutricionistas e eu tenho que “engolir”...é pá, por falar em Nutricionistas, lembrei-me agora nem sei bem porquê que o Governo abriu 500 vagas para estes profissionais nos postos de saúde um pouco por todo o Portugal...não tem nada a ver foi só uma coisa que me ocorreu assim do nada.

 

Com 3 ou 4 euros dizem eles...bem, esta dúvida tem que ser desfeita, ou são 3 ou são 4 (ou 3,50) depende do quê, se gasto um palito para os dentes no fim da refeição ou se uso guardanapo, 1 euro de diferença é muito dinheiro e segundo a forma como eles aprenderam matemática pode dar para pagar a consulta com o Nutricionista. Se calhar é isso, o curso deles não contempla matemática.

 

Um reformado que receba por exemplo a sumptuosa pensão de 300 Euros, gasta por mês:
- Em refeições (31 x 4 = 124)
- Medicamentos (não precisa de medicação porque tem uma alimentação equilibrada e saudável, ou morreu de fome)
- Consultas (1 euro -  apenas vai ao nutricionista)
Dá um gasto total de 125 euros, como não precisa de mais nada o resto pode pôr debaixo do colchão ou estoirar em acções de clubes de futebol.

 

90% da bicharada (animal ou vegetal) que faz parte da nossa cadeia alimentar e que está habituada a quinar para ir parar ao prato está a fazer uma grande festa, para nós é que não há motivo para festejar. Os hipers também andam em força a publicitar este tipo de ginástica orçamental, logo eles que até anseiam ávidamente que a malta poupe e deixe lá o menos possível, como os Bancos. Portanto todas as empresas que produzem coisas comestíveis podem se juntar à Quimonda e fechar as portas.

 

Estou a planear juntar uns amigos para mais uma jantarada, eles que comecem a pensar entre a meia garrafa de vinho e a latinha de conserva, qual preferem, eu voto na pinga, sempre um gajo bebe para esquecer. Se bem que meia garrafita não dá para esquecer muita coisa, ou nenhuma, a menos que se leve com ela na cabeça, mas com força.

 

Inté


Abril 20 2009

Ai ai (suspiro)! Como é bom inspirar fundo e desfrutar do ar do campo, sentir o cheiro da terra e da natureza, ouvir os sons da vida a interromper o silêncio, a água que segue o seu curso riacho abaixo e alimenta os seres que nela se passeiam, a brisa que me massaja a pele e se esgueira por entre os meus cabelos. E cá estou eu, na minha casinha junto à estrada nacional onde os carros não dão descanso ao asfalto nem à calmaria e o cheiro a escape não engana...mas sem dúvida foi uma forma bonita de começar, sempre quis iniciar desta forma estes meus rascunhos «bloguianos» e calhou hoje.

 

Esta introdução foi uma espécie de prelúdio para o que se passou na Jamaica este Domingo, onde um rapazito aparentando uns 20 anos (à data que escrevo ainda não se sabia a identidade) sequestrou um avião com 169 passageiros mais toda a tripulação. Antes de mais quero expressar a minha indignação por este acontecimento e ainda mal refeito do choque, prossigo. Seja turista seja cidadão do reino de Jah o castigo terá de ser exemplar, com tanto sítio (Iraque, Paquistão, Afeganistão, etc...) onde pode ir fazer diabruras, escolhe logo este santuário de paz e amor para chatear. O que lhe deu? Acabou-se-lhe a erva? Ficou sem mortalhas? Não encontrava um isqueiro?

 

Sempre pensei que por aquelas bandas não houvesse chatices, que toda a gente sorria e dava os bons dias a quem passava, até andava a pensar em candidatar-me a uma das duas ofertas de emprego em Montego Bay que vi na internet, uma para jardineiro e outra para cantoneiro, em ambas só tinha de fumar o mato rebelde que por lá vai brotando como a natureza manda. E não era trabalho para se fazer, era coisa para se ir fazendo...com calma.

 

Este pirata (não) conseguiu estragar a imagem que tinha da Jamaica e que habitava o meu imaginário, as palmeiras inclinadas para o mar paradisíaco como que a indicar o caminho através de auto-estradas de areia branca, o calor do ar que se tempera com as águas mornas e calmas de Neptuno. Com tanta coisa boa para desfrutar por lá põem-se a sequestrar aviões...tenham juízo.

 

Olha eu a fazer um código de barras com uma Jamaicana bacana negona. Isso é que era, qual quê!

 

(Já foi preso e ninguém se magoou)

 

Inté


Abril 20 2009

O Sindicato dos Magistrados do Ministério Público decidiu “ir dar uma vista de olhos” pelo novo regime de custas judiciais e ao que parece chegaram à conclusão de que este é mais penalizador para as vítimas do que para os arguidos. No bolso as diferenças são visíveis e só na fase de instrução enquanto um arguido pode ter de custear até um máximo de 300 euros a vítima pode ter de desembolsar até 1000 euros...como dizia o outro, «é só fazer as contas».

 

Transcrevendo o porta voz do sindicato Vítor Pinto : «Na fase de abertura de instrução não há um tratamento de igualdade entre o arguido e o assistente, a vítima ou ofendido, útil seria que fosse explicada a razão dessa diferença, porque não estamos a vê-la».

 

Não estão a vê-la mas estou eu, e já que pedem para explicar a razão vou tomar a iniciativa de o fazer...e de borla. É muito simples e está implícito, «afinal quem é a vítima?» cada um no seu lugar e a vítima tem que desempenhar o seu papel de...vítima, e nessa condição tem de as pagas bem pagas (literalmente). Eu estou absolutamente de acordo, aliás “nunca gostei muito” de gente que gosta de se fazer de vítima.

 

Depois é uma questão de matemática e de lógica, temos sempre de fazer tudo para não sermos a vítima se não queremos pagar mais, é só passar para o outro lado, dos arguidos claro está. Aliás faz todo o sentido, o pobre é quem mais tem a mania de se pôr do lado das vítimas e assim pensa duas vezes, se não tem dinheiro deixa-se estar caladinho e quieto ou então pode sempre fazer pior para estar sempre do lado dos arguidos.

 

Isto pode ser muito bom para libertar os tribunais do (segundo dizem) excesso de processos que se arrastam e entulham a justiça. Sabendo que a maioria do pessoal é “pobre” devia ser ainda mais caro, ficando estes mais aliviados para julgamentos dos ricos que como é sabido são bem menos e darão muito menos trabalho. Por tudo isto nem percebo porque fazem ondas.

 

Já não há vítimas como antigamente é o que é!!

 

Inté


Abril 16 2009

Há coisas que mesmo ditas de forma séria não são para levar a sério.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:25

Abril 15 2009

Bernie Ecclestone dispensa apresentações mas mesmo assim vou fazer as honras da casa, aos 78 anos nada em dinheiro, o seu pecúlio avaliado em 2.500 milhões de euros se não der para nadar ao estilo mariposa, pelo menos em crol deve dar umas braçadas. Quem diz que os homens não se medem aos palmos não poderia estar mais certo quando se fala neste homem que tem conduzido os destinos da fórmula 1 até aos dias de hoje, e pelo caminho foi amealhando uma fortuna imponente.

 

Imponente também é a sua mulher (faz quase dois dele, mas não é difícil), Slavica, uma croata de 50 anos que está casada com Bernie à 24 anos, mas ao que parece não por muito mais tempo. Slavica deu entrada junto do Tribunal de Família de Londres do pedido de divórcio e foi viver para casa da filha.

 

Ela queixa-se que ele tem “comportamentos pouco razoáveis” provocando-lhe "stress e ansiedade" e como tal não está disposta a continuar casada com esta espécie de Valentim Loureiro da Formula 1, mas com muito mais classe e estilo que o major...e dinheiro também. Dizem as más línguas que entre outras coisas Bernie a obrigava a lavar a loiça do jantar, recusando-se a comprar uma máquina de lavar loiça lá para casa. Slavica, o que queres que te diga...tivesses casado com o major, não tinhas tanto dinheiro mas ele oferecia-te electrodomésticos a torto e a direito.

 

Agora é deixar correr o divórcio, avizinha-se uma luta intensa pois ela reclama metade dos bens (portanto, 1.250 milhões de euros) e não estou a ver ele a aceitar de bom grado essas aspirações. Uma coisa é certa, as perspectivas de ela ficar com o suficiente para poder adquirir uma máquina de lavar loiça são para já boas e depois a vida irá continuar, tanto para um como para outro pretendentes não irão faltar mas elas ficam já avisadas que não escapam a lavar a loiça, a menos que tragam uma maquineta como dote.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:46

Abril 14 2009

Se há coisa complicada é não estarmos felizes no que fazemos, neste caso refiro-me ao trabalho (emprego para alguns). Perder a motivação pode ser e é um problema, torna-se complicadíssimo desempenhar funções no local onde passamos uma boa parte da nossa vida, temos sempre a hipótese de tentar mudar mas há que ponderar muito bem antes de dar o passo, não vá acontecer mudar para pior, ou ficar sem nenhum...e as contas para pagar não esperam.

 

Por isto tudo que acabei de dizer, compreendo o que sente Adriano, jogador do Inter de Milão e da selecção do Brasil, o rapaz queixa-se que perdeu a alegria de jogar e que vai parar um, dois ou três meses, ainda não sabe bem, além de não gostar de viver em Itália. O seu empresário afirma também que «é muito difícil ser Adriano», a pressão sobre o jogador é muita, e a pedido do jogador irá junto do Inter tratar da sua dispensa durante esse tempo indeterminado.

 

Adriano já disse ser justo que nesse período não receba e eu espero que durante esse tempo fique a receber da segurança social de forma a possibilitar o sustento da sua família...sempre são alguns meses sem ordenado. Tenho vos estado a contar os pormenores desta história entre algumas pausas para enxugar as lágrimas que abundantemente me escorrem pelo meu sensual rosto. Só fiquei assim tão devastado e preocupado com o futuro/subsistência de alguém quando o Dr. Mourinho foi despedido do Chelsea, sou um coração de manteiga que se comove fácilmente.

 

Entretanto fui tentar recolher alguns testemunhos na tentativa de perceber o que as pessoas acham deste drama e escolhi fazê-lo junto às instalações da Quimonda:
 

(após explicar o que vos já descrevi, fiz a seguinte pergunta)
Eu: O que diria ao Adriano para o ajudar a recuperar a alegria de jogar?
Quimondeiro 1: Digo-lhe: Vai mas é gozar com o c* ó filho da p* de m*, vai jogar todo nu para um campo cheio de urtigas.

Quimondeiro 2 ao 900: (Disseram exactamente o mesmo que o Quimondeiro 1, deviam estar todos combinados com o sindicato)
Quimondeiro 901: Isto é a gozar? Você (eu) é jornalista? Quer que lhe parta os cornos agora ou mais daqui a nada?
Quimondeiro 902: Tá triste? Esse cab* que venha cá e traga o livro de cheques que vai ver se não recupera alegria e volta a jogar logo logo... filho da p*.
Quimondeiro 903 (disfarçado): Está triste mas nós fizemos todo o possível para contrariar a situação, eu ainda tenho esperança que ultrapasse.
Eu: Mas você trabalha aqui na Quimonda?
Quimondeiro 903 (disfarçado, segreda-me ao ouvido): Xiiuuu...sou o Manuel Pinho, mas não diga nada a ninguém (e eu não disse).
Quimondeiro 903 (o verdadeiro): Bom, se o gajo quer recuperar, aconselho-o a dar todos os bens e dinheiro para caridade, sem dinheiro vai ver que lhe volta logo a vontade de trabalhar.

 

Cansado, para não dizer exausto, e muito triste por constatar tanta insensibilidade (valha-nos Manuel Pinho) arrumo o material e volto para o meu Avózinha Resort. Peço desculpa aos restantes Quimondeiros a quem não dei a palavra, estou convicto que as melhores e mais sensatas opiniões estavam reservadas a partir do 903 mas achei melhor dar de frosques antes que tivesse na hora do 901 cumprir a promessa de me partir os cornos. As melhoras Adriano, recupera rápido!

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:33

Abril 14 2009

O título no jornal (DN) «Prostituição aumenta mas faltam os clientes» suscita-me alguma confusão, fico sem saber qual é a parte boa da notícia e a menos boa, ou se ambas são boas ou nenhuma o é. Se ficaram baralhados é porque perceberam o que quis dizer, na verdade eu também estou um pouco sem saber a que conclusão chegar, um dia normalíssimo aqui no Avózinha.

 

Se a prostiução aumenta vão logo dizer que é mau porque é uma profissão degradante e que não deixa de ser um flagelo tranversal através dos tempos, contudo também não deixa de ser verdade que só lá vai quem quer. Ora, o que é certo é que sendo ou não a profissão mais antiga do mundo clientes sempre os houve, e se se fala que muita gente é obrigada a prostituir-se numa espécie de escravatura, já quem requisita o serviço fá-lo de livre vonttade.

 

Regista-se uma queda na procura (segundo as associações que acompanham esta actividade) fenómeno preocupante não fosse esse decréscimo consequência dos tempos de crise em que vivemos, é então mau sinal haver menos gente a pagar para ter sexo. Aquilo que poderia indicar uma mudança social nos hábitos afinal não passa de uma limitação monetária de quem por estes tempos difíceis anda mais stressado e com muita tensão acumulada por não poder manter a qualidade de vida a que estava habituado.

 

No lado oposto mas decorrente também da conjuntura económica verifica-se um aumento da oferta, seja para equilibrar o orçanto familiar seja para colmatar a situação de desemprego, em part-time ou a tempo inteiro hà mais gente a vender sexo. Ora já sabemos o efeito em termos de mercado que o aumento da concorrência costuma causar, um  abaixamento dos preços e da qualidade do serviço prestado (aqui deixo ao vosso critério decidir se é bom se é mau, cada um por si).

 

Será que estaremos a assistir a campanhas tipo “pague 1 leve 2”, se bem que que neste caso teríamos fazer uma adaptação do género “pague uma dê duas (se conseguir)” ou então “ao comprar uma ainda leva um bico (não uma biqueirada) de borla”.

 

Talvez fosse importante os governos darem uma ajuda a esta industria que como muitas outras atravessam tempos de dificuldade, o problema moral não se lhes coloca porque fácilmente eles abdicam dela, e ajudar chulos é coisa que também não é novidade para eles. Eu neste caso não me sinto muito afectado porque nunca experimentei este tipo de serviço, agora se nunca usei por princípio ou falta de dinheiro...vocês que usem a imaginação, se vos apetecer pois claro.

 

Inté


Abril 12 2009

Primeiro passemos às apresentações: Gennaro Pelliccia é um italiano de 34 anos, gestor de moagem da cadeia italiana Costa Coffee e um perito na prova de grãos de café, uma estirpe de controlador de qualidade. Reza a notícia que este homem retira amostras de grãos de café ainda crus que depois prova, antes de estes serem processados para depois vendidos no comércio.

 

Diz ele “Os meus 18 anos de experiência permitem-me distinguir entre milhares de sabores” (começou novo a dar à língua).

 

Agora que já conhecem uma parte da história vou contar-vos o resto, não, não pensem que este também quer mudar de sexo para ir para monja (pelo menos que eu saiba), trata-se da sua língua que foi avaliada (por uma seguradora) em 11,14 milhões de euros. Pois é meus caros, as contas foram feitas por cada papila (um dia vou vos explicar a origem da palavra «papila») gustativa, como na língua existem 10.000 quer dizer que cada uma (papila) vale 1.114 euros.

 

Fontes da seguradora afirmam que “As papilas gustativas de um provador de café são tão importantes como as cordas vocais de um cantor ou as pernas de uma top model e esta é uma das maiores apólices de seguro feitas por um indivíduo". Aqui no que se refere às pernas de uma top model não estou de acordo, mesmo, é que a língua desse indivíduo não me diz nada, mas as pernas de uma mulher sempre são mais sugestivas...mesmo que “feitas as contas” acabem por ser “postas para o lado”.

 

Já houve situações em que (e sem querer gabar-me) a minha língua foi elogiada, e os elogios fazem sempre com que nos sintamos bem, nunca tinha pensado era quanto esta poderá valer materialmente em cada valência que possuo. Aqui ficam os meus votos de felicidades para o Gennaro e que tenha muito cuidado com a dita no seu dia-a-dia, no trabalho ou fora dele.

 

Inté


Abril 09 2009

A maneira mais violenta de fechar uma porta, é silenciosamente.


Inté

publicado por Avózinha às 23:59

Abril 08 2009

A mulher de um jogador de futebol amarrou-se a um poste da baliza, isto em pleno decorrer da partida, parece que o clube não paga os salários à uns mesitos e vai daí toca de protestar desta maneira original. Eu compreendi logo à primeira, o que até nem é hábito em mim, é óbvio (aí a explicação de eu ter apanhado logo à primeira, por ser óbvio claro está) que uma mulher não se casa/junta a um profissional da bola e depois não há dinh...quer dizer, amor, muito amor pois claro.

 

Aliás, até tenho a impressão que os jogadores de futebol profissional devem ser excelentes companheiros tal é a quantidade de pretendentes que arrastam, de certeza que entre amor por eles ou interesse, só pode ser amor o que as move porque interesse neles elas não têm nenhum...generalizando pois claro.

 

E só amor explica esta manifestação de protesto, quantos homens não gostariam de ter uma um mulher assim, capaz de se sacrificar de alguma forma e de ser tão dedicada. Uns porque aí teriam uma oportunidade para as lá deixar e pirarem-se, outros pela prova de amor dada. Daí se pode concluir também que esta personagem é uma mulher de coragem pois está segura de que ele gosta dela ou correria o risco de lá ficar a servir de poste.

 

Mais uma vez demonstro aqui que os meus valores são muito pouco louváveis, ou não fosse isto uma mera demontração minha de pura inveja, ressentimento, pois nunca nenhuma mulher se amarrou por mim, mesmo tendo eu sugerido (a pagar não conta). O amor é louco não façam pouco.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:54

Abril 07 2009

Após uma bem grelhada posta de salmão e um syrah acima do correcto, o assunto podia ser bem melhor que o comboio de alta velocidade, o TGV, aquele que atravessa o orçamento de estado de tal forma rápido que ficamos de bolsos vazios e ninguém vê. Pois é caros visitantes do Avózinha, digam-me lá nomes de países onde se vive bem que não têm este fode orçamentos, ok, se como eu se lembraram de muitos, excluindo esses todos vão ver que não há mais nenhum.

 

Já se está mesmo a ver que sou um fervoroso adepto do TGV, é pá, por mim tudo bem, tragam lá essa merda, desculpem lá os modos mas é que fui educado de outra maneira...aliás, fui bem educado e depois tornei-me nisto. Mas como estava a dizer, em casa ensinaram-me que primeiro não podia faltar o comer na mesa e só depois viria o resto, uma espécie de «quem não tem dinheiro não tem vícios»  e depois vejo estes governantes a ameaçar que não vai haver dinheiro para pagar pensões mas para estes mega projectos até se arranja.

 

Bem sei que o investimento é como os Queen cantavam «show must go on» mas não me peçam para investir em coisas que não têm retorno, nem financeiro nem do ponto de vista estrutural. É mais do que sabido que pior do que o dinheiro que lá vamos gastar na implementação vai ser o que gastaremos na manutenção e no défice de exploração, se tudo correr como penso, eu serei um dos tugas a usufruir do TGV por uma vez e apenas para satisfazer a curiosidade. Espero mesmo estar enganado, já aconteceu “muitas” vezes, têm é de me provar que o défice de exploração não é um tremendo buraco negro.

 

Rui Rio já disse ser «Inadmissível» se TGV não passar no aeroporto do Porto, e eu estou completamente de acordo, mais a sul a malta pronuncia TGV de forma seca, inócua, sem qualquer ênfase, enquanto que no «Porto é dito de uma maneira que dá todo o sentido e força ao supositório supersónico...TêGêBêe. Até vou mais longe, a obra a fazer-se, só faz sentido ser no Porto e em zonas onde o sotaque glorifique a sigla «TGV». Por isso é que a linha do Tua está a morrer, o sotaque não a dignifica.

 

Não estou a pensar mudar de ideias, a menos que...bem, podem projectar o traçado para que o cavalo de ferro pare ao pé de minha porta e aí até acharia que seria um PIN (Projecto de Interesse Nacional). Até lá e se isso nunca acontecer, TGV será apenas a sigla para Tanto Guito Voando, guito voando mais depressa só com o novo aeroporto, e com a nova travessia sobre o Tejo, e...chega de voar, vou aterrar por aqui antes que me transforme no Ícaro.

 

(os palavrões sairam mesmo assim e resolvi não alterar...ou foi do salmão ou do syrah)

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:58

Abril 06 2009

Esta já não fresquinha fresquinha mas mesmo assim é bem recente, lembram-se daquela obra «Retalhos da vida de um médico», pois bem não tem nada a ver, esta história infelizmente verdadeira se tivesse um título poderia ser «Pirralhos na vida de um médico». Era uma vez um Sr. Dr. de 54 anos que gosta(va) muito de criancinhas...mesmo, e como tal abusava delas sexuamente.

 

Este porco...quer dizer, este Sr. Dr. foi condenado pelo Tribunal de Vila Franca do Campo, em São Miguel (Açores) a quatro anos de prisão com pena suspensa por:
- «um crime continuado de abuso sexual de crianças»;
- «por um crime de abuso sexual de crianças»

 

Esta sentença, se é que se pode chamar isso, teve em consideração a confissão do arguido, o seu arrependimento e a ausência de antecedentes criminais...pena que não tenha tido em consideração as crianças abusadas. Diz o Sr. Dr. Juiz que "Terá sido um acidente na sua vida, permitindo concluir que a simples censura do facto e a ameaça de prisão realizam de forma adequada e suficientes as finalidades da punição" e que "não se ter apurado especiais sequelas para os menores", afinal as crianças não passam de um mero acidente.

 

Isto efectivamente choca-me, revolta-me, mete-me nojo, e dou graças por não ser filho daquele juiz de m* que não passa de um ser para o qual disponibilizo o meu asco e a seguir desprezo. Não sei com que espécie de aparelho se medem nos tribunais as sequelas das crianças vítimas de abusos sexuais, muito menos faço ideia o que o meretíssimo esperava encontrar nas crianças, sei que o facto de alguém ter abusado delas e confessado é mais do que suficiente para sentenciar de forma efectiva o prevaricador.

 

Li à dias num jornal que o Bastonário da Ordem dos Médicos manifestava alguma “tristeza” por este organismo nada poder fazer para impossibilitar o médico pedófilo de continuar a exercer medicina, visto só o tribunal o poderia impedir. Eu quero desde aqui lhe dizer que não se preocupe, foi apenas um acidente com criancinhas e nada de especial, mas não deixo de achar estranho o facto de se é a ordem a emitir as licenças porque tem de ser um tribunal a as revogar, e neste caso até há matéria de facto.

 

Ficamos então sem saber o que tem de um médico fazer para perder a licença, ou até mesmo se a pode perder sem ser em caso de morte. Para aqueles que acham este caso pouco horrível e que afinal nem sequer é aqui no continente, digo-vos já que os abusos se passavam quando o pedófilo ia de férias aos Açores, porque este Sr. Dr. exerce em Benfica e pode muito bem continuar a dar azo a que mais acidentes ocorram na sua vida.

 

Inté


Abril 05 2009

A pergunta que se volta a fazer novamante com alguma insistência é «se deve ou não existir portagens à entrada das cidades?» assunto que divide corações, altera as marés, coloca gente sem dormir, provoca manifestações um pouco por todo o planeta e por outras galáxias também (andei a informar-me)...bom, talvez esteja a exagerar, apenas eu não tenho dormido muito bem e na verdade nem sei explicar porquê, espero que não seja devido a esta história das portagens.

 

Eu digo sim, sim, sim, sim às portagens, como se de um êxtase se tratasse, a minha verdadeira loucura é quando se começa a falar de portagens, mas só se for à entrada de uma cidade, à saída já não me diz muito. E digo sim porque se noutros países já se fez porque não se há-de fazer aqui, porque haveríamos de construir a nossa realidade apenas com o nosso engenho e arte se já existem outras cabeças pensantes a pensar nisso além fronteiras, deixemos o trabalho árduo para os outros e toca a colher a fruta já madura.

 

Em Londres por exemplo já se fez e parece que resultou, não sei no que resultou e se por acaso estiverem com a idéia de me explicar isso, esqueçam porque não estou interessado, estou mais numa de copiar tudo o que há em Loondres. Podiamos também trazer aquele tempo chuvoso e triste de lá, para a nossa capital por exemplo, até estou a pensar num slogan bem adequado «venha a Lisboa e sinta-se em Londres, mas muito mais barato».

 

Eu compreendo a iniciativa, ou melhor, a intenção da mesma, objectivo é melhorar a qualidade de vida dentro das grandes cidades, melhor qualidade do ar, melhor acessibilidade, etc. e por falar nisso e ainda a pensar em Londres onde a acessibilidade para as pessoas com a mobilidade reduzida é uma realidade que nos deixa a anos luz, tenho a certeza que por cá também já estão a pensar nisso, ainda não mencionaram porque querem fazer uma surpresa...xiu! é surpresa.

 

Estamos cada vez mais próximos do modelo britânico e a prova disso é que o Boavista (e claro que não é por não ter dinheiro) anunciou que vai pagar mais meio mês de salário, falta pouco para lá chegarmos, por terras de sua majestade pagam à semana. Acima de tudo não quero que fiquem com a sensação errada, estas medidas visam mesmo melhorar a nossa qualidade de vida e não é só uma forma de nos arrancar mais uns cobres para encher os cofres do estado.

 

Se a malta não vai a bem vai a mal, pagando, e se não chegar façam leis para multar, e se não chegar prendam toda a gente...mas antes tentem ir lá na base da porrada e então se não der, prendam-nas. Façam tudo menos criar infraestruturas e educar ou sensibilizar as pessoas a adoptarem hábitos mais amigos da qualidade de vida.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:45

Abril 02 2009

O mérito não é preciso roubar, chega para todos, desde que haja engenho, arte e oportunidade.

publicado por Avózinha às 23:13

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