Avózinha (Sim, com acento...)

Fevereiro 26 2009

Se a memória não me falha é a segunda vez que aqui no Avózinha o gado caprino entra no assunto (esta nota é importante e tinha de ser dita) desta vez um misto de cabras, Euromilhões e Mercedes. Maria do Carmo Faria tem 47 anos, mora em Fiães (terra imortalizada pelos Gato Fedorento) e é pastora de nem 134, nem 136, mas sim de 135 cabras, além de tudo o que mencionei esta jovem tinha um sonho que conseguiu cumprir, e que nos pode ensinar qualquer coisinha.

 

Ganhou 68.580 euros no Euromilhões (em 2005) e realizou um desejo seu ao gastar quase todo o valor do prémio na aquisição de um Mercedes, diz ela «Há muito que o meu sonho era ter um Mercedes e a sorte no Euromilhões permitiu-me concretizar esse sonho. O dinheiro foi quase todo para o carro». Este “investimento” serviu apenas para satifazer esse seu sonho, pois na prática continua a ir todos os dias pastar o seu rebanho, repartindo o uso do Mercedes com um Opel habituado a acompanhá-la já à alguns anos.

 

O problema, segundo ela, é que o Mercedes «...não tem travão de mão e é muito comprido» e por isso «não se ajeita lá muito bem» como tal mantêm o seu (velho companheiro de guerra) Opel «Faço assim: para ir às cabras, à missa ou fazer outras coisas aqui por perto, vou no Opel, e quando vou à vila ou faço uma viagem maiorzinha levo o Mercedes». Ora, à parte da dificuldade do uso da nova viatura (causada certamente pelos genes femeninos), não deixa de ser uma bonita história e um bom exemplo de que às vezes inesperadamente podemos realizar os nossos sonhos e mesmo sendo materiais não esquecermos quem somos. Mimarmo-nos a nós próprios (não confundir com masturbação) e acima de tudo manter a nossa identidade, preservar os nossos valores e tentarmos ser felizes...coisa pouca.

 

Inté


Fevereiro 25 2009

Correndo o risco que o Avózinha se transforme num espaço meio lamechas e saudosista, prossigo com o assunto que me trás aqui hoje. Tenho saudades de uma moeda a sério e não estou a falar no sentido do câmbio com a passagem do Escudo para o €uro, falo da desaparecida moeda  em bronze de 1 escudo que nunca mais teve substituta à sua altura...e dimensão pois claro.

 

Aliás, estou profundamente convencido que o seu desaparecimento foi obra de alguém muito mau e que nesse dia o Escudo (câmbio) ficou com os dias contados dando início ao seu declínio. Não se enganem, a moeda de 1 escudo de que vos estou a falar não é aquela pequenissima que morreu com o €uro, mas sim da que a antecedeu, que era bem castanha, pesada e grande. Esta:

Esudo

Naquele tempo, bastava ter no bolso algumas dessas moedas de 1 escudo para eu achar que estava cheio de dinheiro, com uma única peça dessas era possível disputar uma partida de matraquilhos, agora imaginem a alegria que era ter várias.

 

Além de poder ser usada para adquirir alguma coisa, era um peça multiusos pela sua robustês, abrir uma caixa, partir uma vidraça, eu até acho que com o seu porte e poder de arremesso bem certeira podia derrubar um bandido em fuga (na altura ninguém pensou nisso, mas vejam como ficaria barato à polícia capturar alguém por apenas um escudo, e reutilizável).

 

O que aconteceu depois já toda a gente sabe, vieram aquelas pequenas amostras de moeda a substituir a grandiosa. Com a mesma quantidade de metal passou a ser possíveel fazer várias moedas supostamente com o mesmo valor, mas os factos mostraram que não e o Escudo veio por aí abaixo a desvalorizar até ao seu desaparecimento. Às vezes, coisas que parecem não ter importância têm um papel decisivo e o caso que vos contei é um bom exemplo disso, mas só para mim claro.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:16

Fevereiro 24 2009

Vocês por acaso sabem quem foi o vencedor da última edição da Taça da Ásia? Se forem como eu até desconhecem que existia essa competição, realmente a minha ignorância é imperdoável, mas aqui estou para me redimir e como tal passo a publicitar que em 2007 quem venceu o caneco foi o Iraque, não sei é contra quem, se Americanos, talibãs ou a equipa do Bin Laden.

 

A próxima edição, que quero ver se não perco, vai realizar-se no Qatar mas só em 2011 por isso tenho esperança de ainda arranjar bilhetes...se não forem muito caros. O Iraque já devolveu a taça ao Qatar, próximo anfitrião, mas não sem antes lhe aplicar o seu cunho pessoal, ou melhor dizendo, um restylling.

 

Ao percorrer (em exibição) as 18 províncias Iraquianas o troféu foi adquirindo algumas amolgadelas, Najeh Hamud, vice-presidente da Federação Iraquiana admitiu que o novo design foi causado pela alegria do povo, diz ele «A taça tem alguns danos, devido à alegria do povo iraquiano. Foi atirada entre a multidão, durante as viagens» como diria Artur Jorge «uma situação perfeitamente normal». Só faltou ele dizer “somos uns brincalhões”.

 

Do Qatar já veio a notícia de que vão restaurar o troféu, o que me suscita alguns sentimentos contraditórios, pois se por um lado compreendo que a taça deve estar em perfeitas condições (como nova se possível) por outro, fico com a sensação de que se está a apagar uma parte da sua história. Corre-se até o risco de após o restauro ninguém acredite que o Iraque a venceu, eu por exemplo se a estivesse a contemplar e algum Iraquiano me dissesse «Nós já a vencemos!» eu pensaria para comigo «sim, está bem, venceste venceste...».

 

Inté


Fevereiro 19 2009

Quem nunca ouviu ou assistiu a um debate dos deputados na Assembleia da República (AR)!? Nunca estive nas galerias mas ainda assim tenho a noção que a única gente que respeita aquele espaço são precisamente estes espectadores, e quando não o fazem são avisados ou postos dali para fora sob a ordem de quem preside esta espécie de chapitô. Se o Sr. Presidente fosse assim tão zeloso com os deputados tenho dúvidas se lá ficaria alguém a não ser ele.

 

Seja qual for o(s) tema(s) do debate há sempre uma facção que acha que é muito bom (normalmente a bancada de quem governa) e a outra que acha que é muito mau (normalmente a bancada da oposição) ou vice-versa, meio termo ou consenso é coisa que não existe, coisa para a qual eu julgava que servia a AR...afinal parece que não é.

 

Depois é ouvir o Sr. Deputado a discursar e de quando em vez umas vozes de fundo, normalmente quem está ao lado (desde que não esteja ao telemóvel ou a jogar solitário) a dizer «muito bem, muito bem»...fenomenal. Estes senhores que são eleitos por uns totós que por acaso até somos nós, já nem se importam de fazer qualquer figura apesar de saberem que estão a ser filmados ou transmitidos pela rádio.

 

Além disso fico sempre com a impressão que existem cadeiras a mais, tal é verificar a quantidade de lugares vazios. Quando se vota qualquer proposta não deviam lá estar todos para assim legitimar a coisa? Provavelmente seguem o exemplo dos eleitores (nós) que sempre que chega o dia do sufrágio (dos poucos em que temos e podemos dar opinião) se baldam, ora porque é fim de semana grande, ora porque acham que é tudo igual e por isso não vale a pena. Cultura Democrática...Hã!! Cultura quê??

 

Estou convencido que aquele clima que por vezes até parece hóstil, não passa de encenação tipo jogadores de futebol de clubes rivais que dentro do campo chegam a agredir-se mas depois de terminar a contenda até se juntam mais tarde para beber uns copos. Entretanto os totós, alguns até pagaram bilhete, levam aquilo tudo muito a sério e até se metem em discusões que se prolongam até à proxima partida.
Afinal meus caros, não há motivos de preocupação e tudo não passa de show off, é como ir ao cinema.

 

Inté


Fevereiro 18 2009

No mesmo dia fico ao corrente de duas notícias contraditórias sobre o estado da indústria do sexo em Portugal. Antes de prosseguir gostaria que alguém me explicásse o motivo porque que designa esta área de actividade empresarial como de «indústria»...como não me apeteceu esperar fui ver ao dicionário:

 

do Lat.  industria

s. f.,
conjunto das actividades relativas à transformação de matérias-primas em bens de produção ou de consumo, servindo-se de técnicas, instrumentos e maquinarias adequados a cada fim;
actividade económica do sector secundário que engloba as actividades de produção e transformação por oposição ao primário (actividade agrícola) e ao terciário (prestação de serviços);
o conjunto das empresas industriais;
habilidade e destreza para realizar algo;
aptidão;
arte;
perícia;
profissão;
ofício;
invenção;
astúcia;
engenho.

 

E pronto, lá tive de ficar convencido.

 

Como estava a dizer, uma das notícias concluía que por cá o negócio estava mau e inclusive algumas sex shops a fechar devido à quebra das vendas, outra dizia que tudo estava bem. Fiquei como normalmente fico quando acompanho os debates na Assembleia da República, sem saber em quem acreditar visto aparecerem sempre verdades opostas. Nos Estados Unidos os principais detentores do negócio pediram inclusive um apoio financeiro ao congresso no valor de 5.000 milhões de dólares, coisa pouca.

 

Eu acho que a crise está mesmo a afectar o negócio do sexo, a crise e não só, todo um modelo de sociedade em que assenta a vida das pessoas, eu explico. O apetite sexual mantêm-se (penso eu de que) e até há medicação para (quase) todo o tipo de dificuldade, também não me parece que a vida agitada e o stress estejam a prejudicar, acredito que se passa precisamente o contrário, actividade sexual a mais. Hoje em dia quem não a a fez está para a fazer, o que é o mesmo que dizer, quem não se está a preparar para foder alguém, está ser fodido...é como digo, com tanto frenesim depois já não há vontade para mais.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:21

Fevereiro 18 2009

Tenho andado por aqui com a minha cabeça às voltas (não tipo exorcista) a tentar arranjar uma solução para a crise, a recessão que atravessamos, nós e os outros países todos, o que por norma costuma ser uma boa desculpa para dar quando as coisas não correm bem na Tugolândia...aparece sempre um chico esperto que diz que a conjuntura é global e então podemos estar todos mais descansados. Ai é global? É pá então tudo bem!

 

Como sabem, vocês que acompanham o Avózinha, tenho explicado muitos fenómenos que por cá acontecem e arranjado outras tantas soluções para grandes problemas...e sempre de forma credível e algumas vezes até espectacular (modéstia á parte). Mas esta crise é obra do diabo e não tenho conseguido encontrar soluções para tanta contrariedade.

 

Inspirar-me com auxílio de drogas ou alcool está fora de questão, pelo menos para já, não estou assim tão desesperado. Com tanta notícia a fazer barulho na minha cabeça, não consigo pensar, é despedimentos em massa, falências, o Freeport, o BPP, o BPN, espera aí...é isso mesmo, BPN. Bem, a solução não é bem o BPN, mas sim a solução encontrada para o mesmo.

 

Até agora os governos têm tentado debelar a crise injectando liquidez no mercado não surtindo o efeito total desejado,  mas isso já foi feito no BPN, a verdadadeira solução foi o passo seguinte, uma comisão parlamentar, vou lixar a crise com uma comissão parlamentar. Como sabemos, o que normalmente acontece é...nada, tudo o que para lá entra dá em nada, então toca a juntar uns quantos deputados numa comissão e fazer a crise entrar. Vão ver que afinal nem sequer havia crise.

 

Inté


Fevereiro 16 2009

Das muitas coisas que escrevo aqui esta poderá ser uma das poucas que faz algum sentido, ou não. Para todo o sempre é algo que normalmente é associado ao casamento, como é sabido nem todos o são uns terminam antes de se o poder afirmar, outros duram um pouco mais e outros tantos provam esse facto. Mas não é para falar de desgraças que aqui estou.

 

Enquanto fumava uma, quer dizer...nas minhas deambulações pelo universo em que a minha energia se desprega deste banal amontoado de ossos e carne e viaja em busca de coisas que a possam despertar a atenção
(sim de coisas, muitas vezes não sei ao que vou) tive a percepção de o que significa (para mim) “Para todo o sempre”.

 

Nada é para sempre nem eterno mas o nosso legado é “Para todo o sempre”. O que pretendo dizer é que estou convencido que as nossas atitudes, a nossa forma de estar em contacto com o mundo, com as pessoas, determina a herança que deixamos, como que um rasto ou assinatura a que fácilmente somos associados.

 

Em suma, o que fazemos é indelével e no máximo por vezes até é possível reparar algum estrago ou dor que possamos ter causado, mas só por vezes. Assim, como não sabemos quanto tempo é que iremos por cá andar, o ideal é todos os dias tratarmos de ter a atitude certa perante o que e quem nos rodeia, porque isso é o que fica Para todo o sempre.

 

Inté


Fevereiro 15 2009

Hoje é dia (mais um) de serviço público aqui no Avózinha, e como sempre, de borla, mas de borla mesmo não é como aquelas publicidades que anúnciam que dão tudo e mais outro tanto e vendo bem as coisas sai caro a quem se deixa levar. Vou esclarecer o que se passou com os nossos espiões para que todos vós possam descansar, os segredos de estado e a segurança da nação estão salvaguardados e bem defendidos.

 

O que me trás aqui hoje é a suposta “divulgação” da identidade de gente ligada aos serviços secretos, na sequência de um pedido de emissão de cartões. A história dos cartões é a única que me surpreende no meio disto tudo, julgava que estes indíviduos fabricavam todos os artefactos e mais algum e muito menos necessitariam de pedir cartões para alguma coisa, na verdade foi isto que me fez desconfiar. Mas adiante, o resto da novela resulta de pura estratégia, ou não tivesse toda esta informação proveniência dos serviços de inteligência, pois claro, inteligência.

 

Apenas existem duas hipóteses para explicar o sucedido:
1ª hipótese - Quem é o espião mais bem sucedido de todos os tempos? 007 pois claro, e é também o mais conhecido e popular, isso nunca o impediu de ter sucesso, aliás estou em crer que é uma das principais razões para a sua eficiência. Logo divulgar a identidade de espiões pode ser uma boa medida.
2ª hipótese – Esta é simples e a mais credível, foi tudo uma manobra para despistar e aqueles 23 indivíduos não são espiões coisa nenhuma, a identidade dos verdadeiros está bem guardada. Deste modo enquanto os adversários perseguem os falsos, os verdadeiros fazem o seu trabalhinho.

 

Estas duas possibilidades são as únicas viáveis ou não estivessemos a falar dos serviços de inteligência. Pedir cartões para espiões, boa tentativa, a mim quase que me enganavam...e já sabem que enquanto por aqui andar vocês também não serão enganados.

 

Volta Veiga Simão estás perdoado.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:16

Fevereiro 12 2009

Os que dizem que a China vive num regime fechado e segregador não sabem do que estão a falar e/ou fazem-no por desconhecimento de causa. Quando por cá ainda estamos a iniciar a discussão sobre casamentos entre homosexuais lá pelo o Oriente o tema está muito mais avançado, isto se estivermos a falar de pinguins.

 

Pois é meus caros, parece que a “febre” já chegou aos pinguins, mas também não me surprende pois aquela forma de andar é de todo suspeita e depois serem aves mas não voam, só nadam, não deixa de ser um sintoma intrigante. No fundo estas minhas palavras não pretendem ser ofensivas ou negativas para com a comunidade gay mas poderão (ou não) concordar comigo que a homosexualidade é no mínimo uma carcterística que pauta pela diferença no que concerne ao instinto da natureza. De outra forma teria de ser verdade que os bébés são entregues por cegonhas.

 

Um casal de machos (he he he) pinguins de um zoológico na China foi apanhado a roubar ovos a outros casais, não podiam conceber pelas razões óbvias e vai daí toca a raptar os futuros bébes de outros. Isto não me parece muito justo para os casais que ficavam sem a descendência garantida e assim sendo, os elementos sequestradores foram separados do grupo pois estavam a fazer má vizinhança.

 

Claro que no imediato apareceram grupos de defensores dos animais e os bichos(as) foram reeintegrados no grupo, até tiveram direito a dois ovos ”emprestados” e ao que parece são pais extremosos...é pá estou a contar-vos isto com as lágrimas nos olhos, estas histórias com fim feliz deixam-me comovido. Será que pinguim dá para fazer canja?

 

Inté


Fevereiro 11 2009

Sempre que damos um trambulhão qual o melhor remédio? É levantarmo-nos pois claro, assim seja possível, e foi o que fiz. Após o malogrado negócio dos canivetes (é verdade, ainda não consegui ultrapassar) ter falhado, ou melhor, ter sido sabotado, o meu imparável faro para o negócio não descansou e estou deveras entusiasmado com PeruCãomais uma oportunidade para me juntar ao grupos dos endinheirados.

 

Isto agora já nem é só pelo dinheiro mas também uma questão de príncipio, hei-de mostrar aqueles sabotadores que tenho valor para chegar ao topo. E o próximo negócio é...Perucas para cães, riam riam, quando estiver podre de rico venham cá pedir-me que vos estenda a mão. Este promissor produto está a fazer furor nos USA e grandes marcas de luxo já criaram as suas colecções, eu estou imparável, a seguir ás perucas virá toda uma linha de acessórios indispensáveis aos canídeos.

 

Seram PeruCãocontemplados todos os estilos, desde o afro, rasta, punk, tranças estilo Pipi das meias altas, cores várias, até já tenho um nome para a nova marca «PeruCão». Depois dos cães será a vez de outros animais também terem direito a este mimo dos tempos modernos, piriquitos, hamsters, coelhos, gatos, papagaios, etc..

 PeruCão

Estou a escrever estas linhas completamente inebriado e em êxtase, não deixando de sentir alguma revolta por não me ter lembrado disto antes e só  agora ao ver as potencialidades deste negócio terem sido descobertas por alguém é que constato o óbvio. Esta nova moda vem redefenir e dar todo um novo sentido à expressão «doggy style»...ou não.


Inté


Fevereiro 10 2009

Este fim de semana que passou estava eu dando uma vista de olhos pelo jornal, em papel mesmo, faço isso talvez para matar saudades pois vou tentando estar actualizado pela internet e muitas das notícias impressas já não são novidade para mim, apesar disso o meu lado saudosista confessa que ler em papel ainda tem o seu encanto...sabe-se lá porquê.

 

Bom, mas voltando ao assunto (perco-me em divagações) estava eu a ler o jornal e entre a sempre higiénica labidela nos dedos para passagem de folha, toca a campaínha...não tocou nada, estou no gozo, mas a parte de lamber os dedos é verdade, viro a página e bato com os olhos (no sentido figurado pois claro) com um cabeçalho que dizia que Luisão (jogador do Benfica) tem gostos caros. Ainda bem para ele, que aparecia numa foto a sair de uma loja daquelas marcas super caras que como não me pagam para fazer publicidade, não faço.

 

Depois comecei a pensar porque raio não sou eu também notícia, visto também ter gostos caros e quase aposto, até mais do que o Luis, a resposta é clara mas discutível. Clara porque na verdade não sou niinguém conhecido e discutível porque...passo a explicar:
- Não é notícia um jogador de futebol que ganha uma porrada de euros por mês ter gostos caros, notícia sería eu porque não tenho dinheiro (agora ainda menos, depois de ter empatado o dinheiro todo no negócio dos canivetes) para ter gostos caros e tenho. Assim, quem deveria estar escarrapachado naquela página de jornal era eu, até dou o título «Indivíduo não se sabe bem porquê, tem gostos caros».

 

Não vou aqui discutir a (in)justiça de quem ganha pouco ou muito, quem é endinheirado (e o ganhou honestamente) faz bem em mimar-se e ter gostos dispendiosos, porque pode ter. Quem não pode, sempre pode fazer como eu, sonhar, e sobretudo não se meter em aventuras porque dar passos maiores que a perna não é futuro...acho eu.

 

Inté


Fevereiro 09 2009

A campanha eleitoral para as próximas legislativas está lançada e vai de vento em popa para o partido do governo. As revelações que aqui vou fazer são inesperadas, extrórdinárias e resultam de um exercício intelectual verdadeiramente soberbo, diria mesmo, fora do alcance das mentes mais medíocres, afirmo-o pleno de modéstia apesar de ser eu o seu autor.

 

O nosso 1º é efectivamente alguém dotado de uma inteligência sobrenatural e inalcançável para um simples ser humano, o que não surpreende pois o mesmo já tinha dado a entender por inúmeras vezes. Todas as informações acerca de irregularidades/trafulhices que circulam pelos orgãos de informação sobre o licenciamento do espaço comercial Freeport, além de serem falsas, têm uma única origem...o principal visado (supostamente).

 

Presumo que já tenham descortinado onde estas revelações vão dar, mas mesmo assim vou prosseguir.

 

Para alcançar o desejo anúnciado de obter a maioria absoluta, Sócrates inspirou-se num príncipio muito simples de que em Portugal, um candidato se fôr suspeito (nalguns casos arguido ou até mesmo culpado) é eleito mais fácilmente e até pode conseguir o apoio da esmagadora maioria dos eleitores. Após uma observação atenta de alguns “fenómenos” recentes, como, Valentim Loreiro, Fátima Felgueiras ou Isaltino Morais, ele e a máquina do partido colocaram em marcha uma estratégia eleitoral que ao contrário do que parece irá trucidar as aspirações dos partidos da oposição, se é que as têm.

 

Por isso meus caros, não se deixem enganar, são tudo mentiras que têm o único objectivo de nos levar a reeleger este governo com mentiras. Eu já estava a cair que nem um patinho mas a tempo detectei esta actividade, porque que acham que já nas eleições anteriores surgiu esta história...esperto!

 

Freeport(ugal)!

 

Inté


Fevereiro 08 2009

#%&$#£@$%#& é o que me apetece dizer sobre o que assola o meu estado de espirito neste momento, e não é para menos depois de saber que foi retirada a autorização de vender canivetes aos reclusos, assunto falado neste espaço faz alguns dias. Depois de ter investido tudo o que tinha (e não tinha) neste fulgurante e atractivo negócio alguém se lembrou que afinal não é boa ideia vender naifas em prisões, o ministro Alberto Costa (conhecido nas prisões como O Naifas) até tinha dito que o tema estava a ser tratado com «conhecimento e inteligência» e agora este volta-face.

 

E aqui estou eu sentindo-me uma vítima de um qualquer plano Madoff(iano) onde depois de ter investido toda a minha fortuna amealhada ao longo destas minhas três decadas e mais uns pós de existência, fico sem os 73,53 €uros que com tanto suor andava a juntar para um dia mais tarde adquirir um Barca Velha e desfrutar em boa companhia pois claro, porque o vinho é isso mesmo. E ao ritmo a que estava a conseguir amealhar já não faltava muitas décadas para lá chegar.

 

Desliguei o meu telemóvel e não estou para ninguém após saber que os reclusos estão a ser “intimados” a devolver os utensílios que compraram com tão boas intenções, aos quais até já devem estar afeiçoados. Eu não aceito devoluções, sobretudo porque a mercadoria é de boa qualidade e o argumento «à, agora já não quero isto» não é justifação. Os reclusos esses, agora estão ser ameaçados com sanções disciplinares se não devolverem os canivetes...

 

É sempre a mesma coisa, não quero ser velho do restelo mas neste país não é possível ser promovido ao grupo dos abastados, uma vez pobre, pobre toda a vida. A visão e o empreendorismo estão vedados a individuos como eu que não nasceram em berço de ouro, só porque me antecipei decidem logo acabar com a ideia, que se fosse autoria lá do grupo de amiguinhos deles, era para continuar.

 

Alguém quer comprar um canivete? São bons, e baratinhos!

 

Inté


Fevereiro 05 2009

Seja fruto dos tempos que atravessamos seja fruto do acordo ortográfico, há palavras, expressões, formas de dizer as coisas que vão desaparecendo ou tomando o caminho da extinção, para alguns é apenas fruto da evolução das sociedades, a mim parece-me um pouco de cada coisa mas tenho reduzidas dúvidas de que se estão a perder valores a uma velocidade maior do que se está a ganhar.

 

Uma das expressões que tem desaparecido do dia-a-dia, ou então ser proferida em vão, é dizer-se «palavra de honra» quando pretendemos assumir o nosso compromisso perante alguém ou certificar de que estamos a dizer a verdade. Tempos idos, e eu não sou assim tão velho, era algo que circulava com alguma frequência no discurso de quem queria atestar sobre alguma coisa perante quem quer que fosse e ás vezes também para mostrar indignação.

 

Efectivamente a «palavra» já não é o que é e a «honra» deve ter-lhe seguido o caminho, assim sendo as duas caminham juntas já bem loge dos nossos dias pois ambas se fizeram à estrada faz tempo, e mesmo sem correrias foram se afastando sem que ninguém lhes desse pela falta e fosse á sua procura. A palavra dada não se volta atrás e honra lhe seja feita uma não pode viver sem a outra, assim sendo a quem faltar uma delas não poderá contar com nenhuma.

 

Nestes tempos de incerteza onde não há honra que resista nem palavra que subsista, os contratos valem o que valem...até valerem, até alguém os rasgar ou a(ssa)ssinar. Eu vou tentar manter as duas, fazer por não me esquecer de que existem, aqui no Avózinha e sempre que acho que se justifiquem...dou-vos a minha «Palavra d‘honra».

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:12

Fevereiro 04 2009

Hoje sinto-me um pouco nostálgico, tenho algumas saudades de outros tempos em que por exemplo os herois não sabiam artes marciais nem praticavam desportos radicais, era acomo se sentissemos que também nós podíamos encarnar um desses personagens. Lembram-se do MacGyver e o seu canivete?

 

Por falar em canivete, nem a propósito, ela há cada coincidência, nem sei bem porquê mas lembrei-me agora que o dito utensílio está a ser vendido nas cantinas de alguns estabelecimentos prisionais e não pensem que estou no gozo porque é mesmo verdade.

 

Finalmente apareceu um Conde de Monte-Cristo com esta brilhante ideia e faz todo o sentido, já basta os reclusos andarem a fazer das tripas coração para arranjarem com mil e uma artimanhas objectos cortantes que podem muitas vezes desenrascar numa qualquer situação (como por exemplo tirar a caquinha das unhas ou de um fazer um palito) mas por vezes ineficazes por serem de tão rudimentar fabrico.

 

O ministro da Justiça, Alberto Costa, afirmou que esta temática está a ser conduzida com «conhecimento e inteligência» e diz «Esse assunto tem sido tratado com competência pela Direcção-Geral dos Serviços prisionais» que tem «toda a minha confiança para abordar esse assunto». Sem dúvida que está ser tratado com inteligência e assim fico muito mais descansado, fico eu e quem tiver um negócio de canivetes.

 

Bom, espero bem que agora não haja guerras entre os reclusos só porque um tem o canivete e não empresta ou porque o outro ficou com o canivete mais bonito e só havia um daquela côr. O mito caiu por terra, eu, ia jurar que nas prisões, medidas excepcionais de segurança teriam sempre que ir contra a distribuição de canivetes e/ou outros artigos que pudessem ameaçar a paz nos cárceres, afinal não é bem assim...falta-me conhecimento e inteligência.

 

Inté

publicado por Avózinha às 23:13

Fevereiro 03 2009

Alturas há em que sinto vontade de ser mulher e não pensem que é quando passa na TV aqueles anúncios de tampões ou pensos higiénicos. Dizem que todos os homens têm o seu lado feminino, uns mais evidente, outros nem por isso, julgo eu que apenas existirá diferença naquilo que faz despertar esse lado em cada um de nós homens...eu sei o que me desperta esse lado.

 

Terei motivos para estar preocupado, mesmo numa altura em que a homosexualidade é cada vez mais “aceitada”? De certo que não estou, e não o digo porque hoje em dia poderia ser mais fácil dar esse passo, digo-o conscientemente.

 

Já agora um aparte, e voltando aos anúncios de tampões e companhia...será assim tão cheio de alegria o período de menstruação das mulheres? Eu sempre me convenci do contrário e não me lembro de relato de mulher alguma a abonar a favor dessa altura do mês, bem pelo contrário. Estou em crer que esses anúncios são “fabricados” por mulheres que já fecharam a loja (menopausa) e estão numa de gozar. Dou aqui a palavra a quem quiser opinar sobre isto, homens ou mulheres.

 

Tudo pode ter um lado positivo (ou quase tudo), nem que seja por oportunismo do momento, estou a lembrar-me de vários mas não me vou pronunciar sobre nenhum (assim ficam com liberdade para dar asas à vossa imaginação para tornar isto mais interactivo venham de lá esses comentários, lanço aqui esse réptil), o despertar desse meu lado feminino é apenas fruto desse oportunismo.

 

Chega de intriga não aguento mais, vou sair do armário, sim é verdade tenho momentos em que não me importava de ser mulher, as minham hormonas femininas tomam conta de mim, desatam a estalar por todos os lados, fico doida varrida, o que posso fazer...as lésbicas provocam esse efeito em mim.

 

Inté


Fevereiro 02 2009

Faço aqui neste espaço uma vénia à polícia nigeriana pela sua determinação e sagacidade no cumprimento do dever de engavetar os meliantes e prevaricadores da lei, para aqueles que acham que o crime compensa e julgam que podem escapar às malhas das forças políciais usando para isso todo o tipo de subterfúgios. Para esses, aqui fica o exemplo de que se querem brincar com a lei escolham outro país que não a Nigéria.

 

Em Kwara uma cabra foi presa por ser suspeita de um assalto à mão armada, este sucedido pode parecer à primeira vista um verdadeiro disparate...mas não é esse o caso, o assunto merece respeito e explica-se fácilmente pelo facto de após uma tentativa de roubo de um carro um dos bandidos ao tentar escapar dos perseguidores transformou-se numa cabra (usando magia negra), tentando dessa forma descarada iludir toda a gente. Os perspicazes vigilantes é que não foram na manha deste génio do “transformismo” e encaminharam o animal até à esquadra.

 

Ocorrências destas fazem-nos pensar pois o crime está cada vez mais sofisticado e usa todos os meios para sair impune, contudo é esperançoso e dá alento ver que o combate ao mesmo está a acompanhar a sua evolução e enquanto isso suceder podemos estar descansados, a lei e a ordem não estará comprometida. A cabra para já está sob custódia da polícia e cálculo que no interrogatório não faltem ameaças de ir parar ao tacho se não confessar a autoria do intento.

 

Estou mesmo convencido que por cá, em muitos casos, andamos á procura dos suspeitos errados, muita da bandidagem e corrupção que milita por aí livremente usa técnicas e estratégias que na Nigéria não teriam chances de sobrevivência. O tão propalado caso Freeport é um bom exemplo de “crime camuflado” por obra da magia negra, onde os nomes dos apontados como envolvidos estão apenas a sofrer as consequências de uma investigação rudimentar e ultrapassada. Aposto que os verdadeiros culpados estão a monte (literalmente), num pasto verdejante, pastando e a desfrutar do rendimento do saque.

 

Inté


Fevereiro 01 2009

Passamos muito tempo da nossa vida a queixarmo-nos e na verdade nem tudo é mau, e eu que o diga que sou um felizardo por receber poesia (da boa) por e-mail, mesmo sem ter solicitado. E não estou a falar daqueles mails que recebemos com slides cheios de bonitas paisagens/fotos e frases eloquentes, falo-vos de...bem, palavras para quê, vejam com os vossos olhinhos:

 

«Só nós temos portuguesas loucas que chupam pénis e praticam sexo até ao estado exaustivo. Suas gargantas e traseiras gemem como carroças rangentes nas ruas de Lisboa. Putas matriculadas e moças inocentes, alunas e professoras. Temos tudo para a alma.»

 

Em pouco tempo é a segunda vez que o tema “Putedo” é aqui tratado, e diga-se que já deu para perceber que esta actividade requer requinte e status cultural, senão vejam bem a qualidade da escrita que transcrevi. O que ainda não percebi é porque raio o filtro da aplicação que recebe e gere os meus e-mails trata disto como se fosse “Junk E-mail”, ai não fosse a minha perpicácia e esta pérola tinha se perdido sem que eu nunca tivesse conhecimento.

 

Reparem como é lindo estar com uma mulher e imaginar o gemido de uma carroça nas ruas de Lisboa, sim mas só mesmo na capital, em qualquer outra cidade ou local a beleza do momento não estaria bem retratada. E depois a carroça rangente em todo os seu esplendor, na verdade nunca uma mulher me tinha feito lembrar tal cena, mas quem sabe um dia terei essa sorte. Se ainda não estão convencidos de que é mesmo poesia tentem ler como se a declamar estivessem:

 

«Só nós temos portuguesas
Loucas
que chupam pénis
e praticam sexo até ao estado exaustivo
Suas gargantas e traseiras
gemem como carroças rangentes
nas ruas de Lisboa
Putas matriculadas
e moças inocentes
alunas
e professoras
Temos tudo para a alma.»

 

Não há que ter receio, elas são matrículadas (seja lá o que isso significa), são portuguesas inocentes, alunas ou professoras, tratam-nos da alma, além de que as carroças não poluem, são amigas do ambiente. A internet é isto mesmo, há de tudo um pouco, nós só temos de usar um filtro para usufruirmos do que tem mesmo interesse.

 

Inté


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