Há dias em que o mundo me pesa tanto nos ombros, outros em que daí podia vir outro tanto, feitas as contas em nenhum deles me apetece perecer, desistir nem pensar. Vergo, luto para não claudicar de vez, doem-me umas mais que outras, já nem sei se resisto apenas por mau perder, se por teimosia, mas a seguir a alguns momentos mais frágeis, de desespero, ranjo os dentes, e uma energia vinda nem de sei donde, toma conta de mim e diz-me para não desistir.
Não, ainda não é hora de jogar a toalha ao chão, afinal de contas o que são umas idas ao tapete comparado com os teus sonhos, nada de desperdiçar tanto empenho e resistência despendida até agora, o suor está pela hora da morte e o meu vale mais que toda a riqueza do universo, sendo assim, tanto investimento não é para jogar fora.
É tudo uma questão de escolhas, e eu, escolho não desistir, vou sim refazer as contas, talvez ainda possa fazer mais ou sobretudo fazer melhor, dai-me só um pouco de tempo, preciso de algum repouso para recuperar o fôlego, refazer a estratégia, sim, porque quando voltar e já que o quero fazer, terei de ser mais e melhor.
Tenho de me realinhar, talvez reinventar-me, talvez reconectar-me com a energia certa, apenas uma certeza, não posso vender a alma nem abdicar de ser uma pessoa um pouco melhor todos dias, pois esse é o único objectivo que só de mim depende, portanto o mais provável de ser alcançado de todos.
Há dias em que não sei se estou preparado, em que duvido se lá chegarei, outros em que me esqueço de que estou mais do que determinado a buscar, porém, mesmo nesses, prossigo, sem a certeza de que vou lá chegar, mas sem dúvidas de que vou tentar.
Inté